o nosso planeta tem 21 megacidades


Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division: World Urbanization Prospects, the 2009 Revision. New York 2010. In www.unpopulation.org


Megacidade:
Cidade com mais de 10 milhões de habitantes.
Em 2014 existiam 21-23 megacidades; em 2025 existirão 29 (com base nos dados de 2010)
nota: a definição e a previsão constam no World Urbanization Prospects


Normalmente nos oitavos anos o trabalho (para os famosos "Anexos") é mapear as 21 megacidades existentes em 2009. Cliquem na tabela para abrir em tamanho super XL.

a civilizaçao mediterrânica no século XXI

















A MÍTICA SICÍLIA: 

A Sicília é a principal ilha do mar Mediterrâneo, mas geologicamente pertence à mesma placa tectônica da península Itálica, e orograficamente é uma região dos Apeninos como muitas outras regiões italianas. Compreende também diversas ilhas menores, como as ilhas Eólias (Lípari), as ilhas Égadi e as ilhas Pelágias.

O arquipélago onde se encontra a ilha de Malta é só geograficamente parte integrante da Sicília. Malta, por outro lado, esteve unida à Sicília (politicamente) até 1798 quando foi ocupada (por cerca de dois anos) por Napoleão Bonaparte.

A Sicília é separada do continente e da Itália peninsular pelo estreito de Messina, de somente 3 km, onde se encontra, com seu magnífico porto natural, a cidade de Messina.

A própria região e também as ilhas circundantes têm intensa atividade vulcânica. Os vulcões principais são: Etna, Stromboli e Vulcano.

photo sphere no google maps






Nova ferramenta para aulas de Geografia: PhotoSphere da Panedia #PhotoSphere

Cliquem nas imagens para interagir.

mapas de relevo sem o nível médio do mar


Mapa global das profundezas do oceano e elevações terrestres, com dados mapeados para cor (do ciano ao cinza escuro) por quantis 


Visualização de cores sem quantis mas com correspondência direta para os diversos valores de dados, resultando em contrastes menos visuais 


Europa: planícies orientais contrastam com a topografia acentuada da Escandinávia ocidental, dos Alpes, da bacia do Mediterrâneo e da Península Ibérica 


Uma perspectiva diferente da topografia usando o "mar-como-nivelamento": a escuridão mostra a distância vertical a partir do nível do mar



Bacia Amazônica: o sistema do colossal rio é parcialmente delimitado pelos andinos e as serras Pacaraima 



A Vancouver Island, as Montanhas Rochosas e campo de gelo Columbia: o autor questiona se isto é topografia no seu melhor



PESQUISA EM ANÁLISE ESPACIAL NO CASA: 

The Centre for Advanced Spatial Analysis (CASA) is one of the leading forces in the science of cities, generating new knowledge and insights for use in city planning, policy and design and drawing on the latest geospatial methods and ideas in computer-based visualisation and modelling. We are part of The Bartlett: UCL's global faculty of the built environment.


Robin Edwards [http://geotheory.co.uk/blog/about] produziu mapas topográficos usando os dados de elevação de alta resolução do British Oceanographic Data Centre.

Nestes mapas o Preto corresponde a "áreas de alta" e o Azul "áreas baixas". No mapa da Europa, as áreas mais altas da Europa parecem misturar-se com o mar.

Sem o habitual «Nível Médio do Mar» (n.m.m.) há uma perda no sentido de escala que faz os fundos dos oceanos parecerem pequenos canais de água de um delta fluvial raso.

Robin Edwards explica-nos que o melhor destes gráficos é terem sido totalmente produzidos usando o software R [http://www.r-project.org] e com apenas 3 linhas de código! Clique aqui para ver como Robin o fez [http://geotheory.co.uk/blog/2014/02/07/visualising-topography].

O que é o capitalismo? Singapura
























SINGAPURA

O que é o capitalismo? Resposta: Singapura.
Uma história incrível, um dos lugares mais interessantes do mundo, cheio de contradições

Cidade-Estado localizada na ponta sul da Península Malaia, no Sudeste Asiático, a 137 km a Norte do equador. Com o PIB por habitante de 61046 dólares (USA) em 2012.

É um país insular constituído por 63 ilhas, separado da Malásia pelo Estreito de Johor, ao norte, e das Ilhas Riau (Indonésia) pelo Estreito de Singapura, ao sul. Singapura é altamente urbanizada, mas quase metade do seu território é coberto por vegetação. No entanto, mais terras estão sendo criadas para o desenvolvimento por meio de aterramento marítimo.

Tornou-se auto-governada internamente em 1959. O território uniu-se a outros ex-territórios britânicos para formar a Malásia em 1963 e tornou-se um Estado totalmente independente dois anos mais tarde após a separação da Malásia. Desde então, teve um aumento maciço em termos de riqueza e é um dos quatro Tigres Asiáticos. A economia depende fortemente da indústria e dos serviços. O país é um líder mundial em diversas áreas: é o quarto principal centro financeiro do mundo, o segundo maior mercado de jogos de casino e o terceiro maior centro de refinação de petróleo do mundo. O porto da cidade é um dos cinco portos mais movimentados do mundo. O país é o lar do maior número de famílias milionárias em dólares per capita do planeta. O Banco Mundial considera a cidade como o melhor lugar no mundo para se fazer negócios. O país tem o terceiro maior PIB per capita por paridade do poder de compra do mundo, tornando Singapura um dos países mais ricos do planeta.

Singapura é uma democracia parlamentar com um sistema Westminster de governo parlamentarista unicameral representando diferentes circunscrições.

O sistema legal e político de Singapura tem suas bases no sistema da common law inglesa, mas modificações foram feitas a ela ao longo dos anos, como a remoção de julgamento por júri. A imagem popular do PAP é a de um governo forte, experiente e altamente qualificado, apoiado por um serviço especializado civil e um sistema de educação com ênfase na realização e na meritocracia.



tornado de vórtices múltiplos nos EUA


expandam para Ecran Total se faz favor


TORNADOS VIOLENTOS NO NEBRASKA EM JUNHO DE 2014: 

Dos tornados multiple vortex não se fala muito. Neste vídeo dois tornados significativos surgem ao mesmo tempo, a leste de Norfolk, perto da cidade de Pilger, Nebraska (EUA).

Um tornado de múltiplos vórtices é um tipo de tornado no qual duas ou mais colunas de ar giram em torno de um centro comum. A estrutura multi-vórtice pode ocorrer em quase qualquer circulação, mas é muitas vezes observada em tornados muito intensos. Estes vórtices frequentemente criam pequenas áreas de danos mais pesados ​​ao longo do caminho do tornado principal.

Um vídeo filmado pelo meteorologista Tony Laubach e montagem da equipe do Iowa Storm Chasing Network.

Cena 1: O meteorologista Tony Laubach guia até aos tornados - fora de Pilger, Nebraska. 

Cena 2-3: Imagens do furacão fazendo estragos. 

Cena 4: O tornado maior atravessa a estrada perto de Pilger. 

Cena 5: Os tornados formam cunha a norte da equipe de filmagens. 

Cena 6: Imagem do tornado maior. 

Cena 7: Estrutura do tornado de Stanton (primeiro furacão da tempestade) 

Cena 8: Vórtice e cone do tornado. 

Cena 9: Grande furacão longe com filmagem do tornado-satélite.


Nota:  Um tornado satélite designa um tornado mais fraco que se forma muito perto de um tornado mais forte, mas contido dentro do mesmo mesociclone. O tornado satélite pode parecer orbitar o tornado maior (e daí o nome), originando o aparecimento de um grande tornado de vórtices múltiplos. Porém, um tornado de satélite é um funil distinto, e é muito menor que o funil principal.

começou o verão de 2014: o solstício aconteceu hoje às 10h51









Solstício: ocorre duas vezes por ano quando a posição aparente do Sol no céu atinge seus extremos norte (Solstício de Verão, hoje) e sul (Solstício de Inverno, hoje).

Acontecem sempre nos meses de Dezembro e Junho (o dia e hora exatos variam de um ano para outro).

O Solstício quando ocorre em Junho (começa o Verão!) significa que esse será o dia mais longo do ano. Quando o Solstício ocorre em Dezembro (começa o Inverno!) significa que esse será o dia mais curto do ano

nota:
Nas aulas de geografia usa-se dizer: «Solstício é o exacto momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude».



Solstício: o dia mais longo de 2014



Solstícios
e Equinócios
entre 2002 e 2017
data e hora TUC - Tempo Universal Coordenado)
Ano
Equinócio

Março
Solstício

Junho
Equinócio

Setembro
Solstício

Dezembro
Dia
Hora
Dia
Hora
Dia
Hora
Dia
Hora
2002
20
19:16
21
13:24
23
04:55
22
01:14
2003
21
01:00
21
19:10
23
10:47
22
07:04
2004
20
06:49
21
00:57
22
16:30
21
12:42
2005
20
12:33
21
06:46
22
22:23
21
18:35
2006
20
18:26
21
12:26
23
04:03
22
00:22
2007
21
00:07
21
18:06
23
09:51
22
06:08
2008
20
05:48
20
23:59
22
15:44
21
12:04
2009
20
11:44
21
05:45
22
21:18
21
17:47
2010
20
17:32
21
11:28
23
03:09
21
23:38
2011
20
23:21
21
17:16
23
09:04
22
05:30
2012
20
05:14
20
23:09
22
14:49
21
11:11
2013
20
11:02
21
05:04
22
20:44
21
17:11
2014
20
16:57
21
10:51
23
02:29
21
23:03
2015
20
22:45
21
16:38
23
08:20
22
04:48
2016
20
04:30
20
22:34
22
14:21
21
10:44
2017
20
10:28
21
04:24
22
20:02
21
16:28










O solstício de Junho em diversos lugares: 


Latitude 66º 33’ Norte:  No Círculo Polar Ártico o único dia do ano em que o dia dura 24 horas ocorre em Junho (enquanto no Pólo Sul a noite dura 24 horas).

Latitude 23° 26' Norte:  No Trópico de Câncer o sol estará no seu zénite (na vertical) em Junho, será o dia mais longo do ano e inicia-se o Verão no hemisfério Norte (enquanto no Trópico de Capricórnio é o dia mais curto e inicia-se o Inverno).

Latitude 0º:  No equador a duração dos dias é fixa ao longo das estações do ano com 12 horas de luz e 12 horas de noite (ver cálculo da duração do dia para latitude de 0°). Desse modo os solstícios nessa linha não podem ser obtidos através de dias ou noites mais longas e somente podem ser observados através do dia em que o Sol atinge a menor elevação no meio-dia local, podendo o azimute dessa elevação do Sol estar orientada para o norte (soltício de verão no hemisfério norte) ou para o sul (soltício de verão no hemisfério sul). Na linha do equador não há como dizer se um solstício é de verão ou de inverno uma vez que demarcam a separação dos hemisférios norte e sul da Terra.

Latitude 23° 26' Sul:  No Trópico de Capricórnio o sol estará no seu zénite (na vertical) em Dezembro, será o dia mais longo do ano e inicia-se o Verão no hemisfério Sul (enquanto no Trópico de Câncer é o dia mais curto e inicia-se o Inverno).

Latitude 66º 33’ Sul:  No Círculo Polar Antártico o único dia do ano em que o dia dura 24 horas ocorre em Dezembro (enquanto no Pólo Norte a noite dura 24 horas).



aspirar o Oceano Pacífico



















Tecnologia promete sugar metade do lixo do Oceano Pacífico em dez anos 


Boyan Slat é holandês, tem 19 anos e ainda estava no secundário quando teve a ideia de criar uma tecnologia capaz de limpar oceanos. Numa viagem à Grécia, ficou assustado quando viu mais garrafas de plástico do que peixes na água - e decidiu que estava na altura de fazer alguma coisa. Estava prestes a nascer a Ocean Cleanup.

Essencialmente, a tecnologia funciona como uma barreira flutuante que aproveita as correntes oceânicas para bloquear os resíduos detectados nas águas. A máquina funciona como um filtro, recolhendo o material e armazenando-o em recipientes até ser recolhido para ser reciclado em terra. Mas não se preocupe, a vida marinha não ficaria em perigo: o "lixo" recolhido continua em contacto com a água, logo na separação os animais seriam devolvidos ao mar.

Nos primeiros testes, o sistema conseguiu recolher plásticos até três metros de profundidade. E de acordo com o jovem, pode vir a ser capaz de remover metade do lixo do Oceano Pacífico em dez anos. Inicialmente criticado pela falta de viabilidade do projecto, Boyan elaborou um relatório de 530 páginas onde garante o contrário: é realmente possível limpar os oceanos através deste sistema.



O projecto de crowdfunding já reuniu 475 mil euros 
O trabalho valeu-lhe vários prémios, e Boyan chegou mesmo a apresentar o projecto na TEDxDelft 2012 (vejam o vídeo em http://goo.gl/1wYx5T). Hoje o projecto está à procura de financiamento, mas as notícias não são desanimadoras: o pedido de donativos ainda se vai prolongar por mais de 80 dias, mas o jovem conseguiu 475 mil euros em apenas 14 dias. Pede 1,47 milhão para tornar o projecto viável.



Acção política positiva 

Boyan Slat combina ambientalismo, empreendedorismo e tecnologia para lidar com questões globais de sustentabilidade. Após um mergulho na Grécia no qual se enleou em sacos de plástico, perguntou-se: "Por que não podemos limpar isto?"

Enquanto ainda estava no ensino secundário, decidiu dedicar metade de um ano de pesquisa na compreensão da poluição por plásticos e os problemas associados à sua remoção.
Isto levou ao seu conceito de limpeza passiva, que ele apresentou no  TEDxDelft 2012.

Trabalhando para provar a viabilidade de seu conceito, Boyan Slat actualmente está a colaborar com uma equipe de aproximadamente 50 pessoas e parou temporariamente os seus estudos em Engenharia Aeroespacial para concentrar todos os esforços no projecto Limpeza do Oceano.

Os progressos deste projecto podem ser seguidos através www.theoceancleanup.com e www.facebook.com/TheOceanCleanup, bem como www.twitter.com/TheOceanCleanup

documentário sobre o mais importante geógrafo português - "Orlando Ribeiro: Itinerâncias de um Geógrafo"




Orlando Ribeiro - Itinerâncias de um Geógrafo 

Na comemoração do centenário do nascimento de Orlando Ribeiro (1911-1997). Andou pelo país e pelas antigas colónias. Inseparável da sua Leica, Orlando Ribeiro fotografava tudo e, em cadernos de campo, anotava e desenhava. O seu livro Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico é das obras mais marcantes do século XX português Documentário realizado por António João Saraiva e Manuel Carvalho Gomes em 2010.

Tem 10.000 fotografias a preto e branco e as restantes imagens são diapositivos. Tirou-as não só em Portugal, mas nos vários países que calcorreou, desde o Brasil e México até Marrocos, Egipto e as ex-colónias, com excepção de Timor. E não só fotografava, como desenhava muito nos cadernos de campo, que depois usava como documentação. Em Portugal, as deambulações faziam-se numa carrinha 4L. "Era um carro alto, que conseguia atravessar os caminhos maus, os rios", diz Suzanne Daveau. "O Orlando conhecia a fundo Portugal. Queria mostrar-me os lugares que conhecia. Mas de vez em quando chegávamos a uma aldeia e ele dizia: "Ah, nesta aldeia nunca estive!" Ficava felicíssimo por descobrir uma coisa que não conhecia."  
Teresa Firmino in Público. O geógrafo que gostava de fotografia, de música e de vulcões


Quando em 1911 nasceu, ninguém diria que o filho do Sr. António da Drogaria, como era conhecido na Rua da Escola Politécnica nos anos 30, estaria a fundar as bases científicas da Geografia em Portugal. Agora este fabuloso documentário para lá voltarmos. Podem ver e fazer o download do documetário Orlando Ribeiro porque a Lugar do Real fez serviço público cinco estrelas.  

  nota: O texto de Teresa Firmino no Público é obrigatório

a entrada do Mediterrâneo




Estreito de Gibraltar: Espanha, África e o Mediterrâneo
Foto tirada pelo astronauta Alexander Gerst a 415 km de altitude, na Expedição 40/41 na ISS (International Space Station)

provérbios populares de clima





JANEIRO 
Não há luar como o de Janeiro,nem amor como o primeiro.
A água de Janeiro vale dinheiro.
Se queres ser bom alheiro, planta alhos em Janeiro.
Se queres ser bom milheiro, faz o alqueire em Janeiro.
Em Janeiro sobe ao outeiro, se vires verdejar põe-te a chorar, se vires teriar põe-te a cantar.
Trovoada em Janeiro, nem bom prado, nem bom palheiro.
Os bons dias em Janeiro vêm-se a pagar em Fevereiro.
Janeiro molhado, se não cria pão, cria gado.
Janeiro geoso traz um ano formoso.
Sol de Janeiro sempre baixou o outeiro.
Janeiro frio e molhado enche a tulha e farta o gado.


FEVEREIRO 
Em Fevereiro chuva, em Agosto uva.
Neve de Fevereiro, presságio de mau celeiro.
Água de Fevereiro enche o celeiro.
Fevereiro barraqueiro


MARÇO 
Março, Marçagão, manhã Inverno e tarde de Verão.
Março ventoso, Abril chuvoso.
Em Março chove em cada dia um pedaço.
Vento de Março e chuva de Abril fazem o Maio florir.
Em Março tanto durmo quanto faço.


ABRIL 
Em Abril águas mil.
Em Abril ainda a velha queimou o carro e o carril.
Seca de Abril, deixa o lavrador a pedir.


MAIO 
Maio pardo e ventoso faz o ano farto e formoso.
Chovam trinta Maios, mas não chova em Junho.


JUNHO 
Em Junho foice em punho.
Sol de Junho madruga muito.
Junho calmoso, ano formoso.
Junho chuvoso, ano perigoso.
Junho floreio, paraíso verdadeiro.
Junho quente, Junho ardente.
A Chuva de São João, bebe o vinho e come o pão.


JULHO 
Por muito que Julho queira ser, pouco há-de chover.
Em Julho reina o orgulho.


AGOSTO 
Corra o ano como correr, o mês de Agosto há-de aquecer.
ÁGUA DE Agosto, açafrão, mel e mosto.
Em Agosto frio no rosto.


SETEMBRO 
Setembro molhado, figo estragado.
Setembro ou seca as fontes ou leva as pontes.


OUTUBRO 
Logo que Outubro venha, procura a lenha.
Outubro quente traz o diabo no ventre.
Em Outubro pega tudo.


NOVEMBRO 
No dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho.
Entre os Santos e o Natal é inverno natural.
Novembro à porta, geada na horta.
Em Novembro, prova o vinho e semeia o cebolinho.


DEZEMBRO 
Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar.
Dezembro frio, calor no Estio.
Ande o frio por onde andar, no Natal há-de chegar.
Depois do Natal, saltinho de pardal.
Em Dezembro, treme o frio em cada membro.



provérbios populares de Portugal




Michel Giacometti - "Povo Que Canta" (1971-73). Programa cultural nascido de uma parceria de dois anos, entre Alfredo Tropa e Michel Giacometti.
Michel Giacometti (1929-1990) foi um etnomusicólogo corso que fez importantes recolhas etno-musicais em Portugal.



PROVÉRBIOS POPULARES 
RECOLHA ESPARSA

A ambição cerra o coração.
A apressada pergunta, vagarosa resposta.
A ave de rapina não canta.
A barriga não tem fiador.
A boa mão, do Rocim faz cavalo; e a ruim, do Cavalo faz Rocim.
A boca do ambicioso só se fecha com terra da sepultura.
A boda e a baptizado não vás sem ser convidado.
A cada Bacorinho, vem seu S. Martinho (11/11).
A cada boca uma sopa.
A cadela, com pressa, pariu os cachorros cegos.
A campo fraco, Lavrador forte.
A casamento e baptizado, não vás sem ser convidado.
A cavalo dado não se olha o dente.
A chuva de S. João (24/6), bebe o Vinho e come o Pão.
A chuva e o frio, metem a Lebre a caminho.
A conselho amigo, não feches o postigo.
A culpa morreu solteira.
A desgraça não marca encontro.
A encomenda é igual ao cabaz.
A espada e o anel, segundo a mão em que estiverem.
A falta do amigo há-de-se conhecer mas não aborrecer.
A fama longe soa. E mais depressa a má que a boa.
A fome é a melhor cozinheira.
A fome é boa mostarda.
A fome é o melhor tempero.
A fome faz sair o lobo do mato.
A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.
A ganhar se perde e a perder se ganha.
A gosto danado, o doce é amargo.
A ignorância e o vento são do maior atrevimento.
A justiça tarda mas não falha.
A Laranja, de manhã é Ouro, de tarde é Prata, e à noite mata.
A lei é dura, mas é para se cumprir.
A melhor Cozinheira, é a azeiteira.
A Morte abre a porta da Fama e fecha a da Inveja.
A mulher, sem pôr o pé faz pegada.
A necessidade aguça o engenho.
A necessidade não tem lei.
A noite é boa conselheira.
A nuvem passa, mas a chuva fica.
A ocasião faz o ladrão.
A ociosidade é mãe de todos os vícios.
A palavra é de prata e o silêncio é de ouro.
A pedra e a palavra, não se recolhe depois de deitada.
A Pescada de Janeiro, vale um carneiro.
A pintura e a peleja, de longe se veja.
A pobreza não é vileza, nem a riqueza nobreza.
A preguiça é a mãe de todos os vícios.
A preguiça morre à sede, andando a boiar.
A pressa é inimiga da perfeição.
A primeira, qualquer cai. À segunda cai quem quer.
A quem do seu foi mau despenseiro, não fies o teu dinheiro.
A quem tudo quer saber, nada se lhe diz.
A razão e a verdade fogem quando ouvem disputas.
A rir se corrigem os costumes.
A roupa suja lava-se em casa.
A união faz a força.
A vaidade é o espelho dos tolos.
A valentia com os fracos, só cobardia revela.
A ventre farto o mel amarga.
A verdade é como o azeite: Vem sempre ao de cima.
A vozes loucas, orelhas moucas.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril, Abril, está cheio o covil.
Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.
Água de Fevereiro, mata o Onzeneiro.
Água de Julho, no rio não faz barulho.
Água detida é má para a bebida.
Água e vento são meio sustento.
Água mole em pedra dura, tando dá até que fura.
Águas da Ascensão, das palhas fazem Grão.
Águas passadas não movem Moinhos.
Águas verdadeiras, por S. Mateus as primeiras.
Aí por Sant'ana, limpa a pragana.
Ainda que mude a pele a Raposa, seu natural desponja.
Albarda-se o burro à vontade do dono.
Almoço cedo, faz carne e sebo; almoço tarde, nem sebo nem carne.
Alto mar e não de vento, não promete seguro o tempo.
Amigo deligente, é melhor que parente.
Amigo disfarçado, inimigo dobrado.
Amigo que não presta e faca que não corta: que se percam, pouco importa.
Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro.
Amigo, vinho e azeite o mais antigo.
Amigos, amigos, negócios à parte.
Amor com amor se paga.
Amor de pais não há jamais.
Amor querido, amor batido.
Amores arrufados, amores dobrados.
Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar.
Ande por onde andar o Verão, há-de vir no S. João.
Ano de nevão, ano de pão.
Ano de neve, paga o que deve.
Antes caia do cú do que do alforge.
Antes cegues que mal vejas.
Antes martelo que bigorna.
Antes mau ano que mau vizinho.
Antes minha face com fome amarela, que vergonha nela.
Antes que te cases, vê o que fazes.
Antes quebrar que torcer.
Antes quero Asno que me leve, que Cavalo que me derrube.
Ao arrendar cantar e ao pagar chorar.
Ao bebado e ao tolo, dá-se o caminho todo.
Ao bom amigo, com teu pão e teu vinho.
Ao bom pagador não dói o penhor.
Ao Diabo e à mulher nunca falta que fazer.
Ao Fevereiro e ao rapaz, perdoa tudo quanto faz.
Ao homem de esforço a fortuna lhe põe ombro.
Ao homem ousado a fortuna dá a mão.
Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo.
Ao pé do pano é que se talha a obra.
Ao quinto dia verás que mês terás.
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmãos o desamparam.
Ao rico não devas e ao pobre não peças.
Ao rico não faltes, ao pobre não prometas.
Apanha com o cajado quem se mete onde não é chamado.
Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.
Apanham-se mais moscas com mel do que com fel.
Apressado come cru.
Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro.
Aquele que me tira do perigo, é meu amigo.
Aquilo que sabe bem, ou faz mal ou é pecado.
Arco de teixo duro de armar e fraco para disparar.
Arco sempre armado, ou frouxo ou quebrado.
Arrenda a vinha e o pomar se os queres desgraçar.
As aparências iludem.
As boas contas fazem os bons amigos.
As cadelas apressadas parem cães tortos.
As favas, Maio as dá, Maio as leva.
As obras falam, as palavras calam.
As palavras são como as cerejas, vêm umas atrás das outras.
As palavras voam, a escrita fica.
As paredes têm ouvidos.
As sopas e os amores, os primeiros são os melhores.
Às vezes não se respeita o burro, mas a argola a que ele está amarrado.
Assim como vires o tempo de Santa Luzia ao Natal, assim estará o ano mês a mês até final.
Até ao lavar dos cestos é vindima.
Até ao Natal um saltinho de pardal.
Até S. Pedro abre rego e fecha rego.
Até S. Pedro tem a vinha medo.
Atrás de mim virá, quem de mim bem dirá.
Ave que canta demais não sabe fazer o ninho.
Ave só não faz ninho.
Azeite de cima, mel do fundo e vinho do meio.


ossos: arqueologia junto à Sé de Évora e a Leonor a adorar








A escavação arqueológica ocorreu ao longo do Verão de 2009, no largo Mário Chicó, junto à fachada norte da Sé de Évora.

Por informação directa dos arqueólogos presentes confirma-se que foram encontrados inúmeros esqueletos e vestígios datados do século XVII mas, porque o lugar sempre foi densamente povoado, é provável encontrar vestígios de épocas anteriores.



"Não é uma vala comum. A quantidade de enterramentos humanos deve-se ao uso do espaço como cemitério nas proximidades da Sé catedral sendo prática normal até ao século XIX. Tratando-se do principal cemitério antigo da cidade de Évora, em época Medieval e Moderna, é habitual a grande concentação de sepulturas da população urbana num espaço tão reduzido. A época do cemitério ainda não está definida, integrando-se na época moderna (provavelmente séc. XVI-XVII.


A escavação continuará até atingir o substtrato geológico do lugar, pelo que se prevê descobrir fases mais antigas da ocupação da cidade de Évora (época Romana e época Medieval)"
adaptado da nota informativa de Félix Teichner, empresa Arkhaios, afixada no sítio da escavação.











Resta dizer que a escavação está integrada no Plano de Intervenções Municipais da CM de Évora, no âmbito do Programa Acrópole XXI, que vai intervencionar parte do centro histórico eborense.



Vida Animal em Portugal e no Mundo





PROGRAMA VIDA ANIMAL - NA RTP 

https://www.facebook.com/vidaanimalrtp

É o primeiro programa da história da televisão portuguesa de produção nacional e com continuidade dedicado à vida selvagem.

Os conteúdos do programa mostram por exemplo a vida da rara Cegonha-preta, a nidificação da Gegonha-branca, a vida amorosa dos animais, a nidificação dos abutres em espaços como o Parque natural do Douro Internacional, a importância das aves de rapina nos diferentes ecossistemas. Mostra ainda o regresso de espécies desaparecidas há muito do nosso território como o Esquilo-vermelho, no norte de Portugal ou a Cabra-selvagem às serranias do Gerês ou mesmo o veado ao Parque Natural de Montesinho.

Podem ver-se ainda alguns interessantes projetos de recuperação de animais selvagens e o trabalho no terreno de investigadores que se dedicam ao estudo de espécies selvagens. A anilhagem científica de aves selvagens, o mundo maravilhoso dos insetos, as aves migratórias e os seus percursos, a nidificação e comportamento de espécies como o grifo, o abutre-do-Egito, da Cegonha-branca entre muitas outras espécies. Sobre os Açores também não faltam nestes apontamentos sobre vida animal, desde logo o projeto Life Priolo, a vida do Garajau e do Cagarro a vida microbiana das Furnas, que nos reporta para as origens da terra.

Há, também, documentários dedicados à Amazónia Brasileira, Peruana e Colombiana para mostrar muita da fauna selvagem e os diferentes ecossistemas da florestas tropicais. Em Cabo Verde mostramos projetos relacionados o estudo as aves, os répteis, a proteção das tartarugas e damos a conhecer novas descobertas para a comunidade científica mundial.

no farol de La Jument: a onda mais famosa do mundo










O MAR DE IROISE NA BRETANHA: 

As águas ao largo da costa da Bretanha, estão entre as mais perigosas na Europa: durante a construção do farol La Jument (1888) mais de 30 navios naufragarame demorou 7 anos a terminar por causa das tempestades severas.



A FAMOSA FOTO DE 1989: 

No dia 21 de Dezembro de 1989, Jean Guichard viajou para o farol num helicóptero quando uma tempestade começou. Guichard, um fotógrafo famoso do património marítimo em toda a França, decidiu tirar fotos do farol durante a tempestade. No interior, o faroleiro Théodore Malgorn estava à espera de ser resgatado e pensou que o helicóptero de Guichard era seu helicóptero de resgate.

Ele correu as escadas para abrir a porta - um momento que coincidiu com uma onda gigante que envolve o farol. Malgorn, felizmente, correu para dentro e conseguiu fechar a porta. Guichard tomou uma série de sete fotos que instantaneamente o tornou famoso. Venderam mais de um milhão de posters e garantiu-lhe o mítico prémio World Press Photo.

Em 1991 aconteceu a automação dos faróis Bretões e a aposentação do faroleiro do La Jument.


Fonte: http://www.jean-guichard.com

um cheiro terrívelmente fedorento preso no gelo de um lago do Canadá















Geografia e metano mal cheiroso: 

Abraham Lake é um lago artificial a Oeste de Alberta, Canadá. Abraham Lake tem uma superfície de 53,7 km2 e um comprimento de 32 km. Foi construído no curso superior do rio North Saskatchewan River, no sopé das Montanhas Rochosas canadenses.

Embora artificial, o lago tem a cor azul de outros lagos glaciares existentes nas Montanhas Rochosas, cor que é causada pela farinha de rocha igualmente existente em outros lagos naturais.

No interior das suas àguas, no Inverno, por baixo da sua camada de gelo formam-se bolhas de gás, pequenos cogumelos de metano que, na Primavera, irão libertar-se e, tal como uma frota de discos voadores em águas profundas, vão fazer o seu caminho para a superfície. Quando o gelo quebra irão aparecer e dissolver-se no ar, desaparecendo.



De onde vem o metano? 

O gás metano origina-se nas folhas (e árvores e grama e até animais mortos) caídas na água, afundando-se e, posteriormente, decompostas por bactérias. Produz-se, assim, esse familiar cheiro de "gás do pântano". Algum deste gás é extremamente antigo, produzido em antigos oceanos ou perto do manto da Terra. Quando mais velho é o metano, ao subir para a superfície e esbarrando em águas congeladas irá fundir-se numa substância branca e dura chamada hidrato de metano, originando uma espécie de rocha pastosa.

Enquanto o metano estiver congelado no fundo do lago, o gás estará aprisionado; mas quando a temperatura subir, o gás formará estes aglomerados semelhantes aos conhecidos «candeeiros de lava» e poderão surgir seis, sete ou dez colunas como se vê nas imagens.



Curiosidade geográfica: 

Abraham Lake foi criado em 1972, com a construção da Barragem de Bighorn. Nesse mesmo ano, durante a fase final de construção da barragem de Bighorn, o Governo de Alberta patrocinou um concurso para nomear o lago: os alunos da província de Alberta foram convidados a apresentar nomes, levando em consideração o "significado histórico, pessoas proeminentes, geografia e topografia, eo valor do lago". O nome eleito foi Silas Abraão, um habitante do vale do Rio Saskatchewan no século XIX.

diários de bordo mapeados - o tráfego marítimo entre 1800-1900 em contraste com o final do século XX


Visualization of 18th and 19th-century shipping routes.
More info and discussion of the underlying data at http://sappingattention.blogspot.com This uses ship's logbooks from http://www.ucm.es/info/cliwoc/ digitized for climate purposes.




A looped visualization of all the voyages in the Climatological database for the world's oceans (http://www.ucm.es/info/cliwoc/) as if they occurred in the same year, to show seasonal patterns in ship movements and predominant shipping lanes from 1750 to 1850.





US Natl. Cntrs. for Environ. Pred. (NCEP) Ship Data, deck 892, collected between 1980 and 1997




PRINCIPAL TRÁFEGO MARÍTIMO ENTRE 1800-1900 - EVOLUÇÃO ANUAL:
[primeiro video deste post]

mostra cerca de 100 anos de caminhos de navios nos mares, como registrado em centenas de livros de registro do navio, por lado, uma ou várias vezes por dia. Eu não assisti a coisa toda de uma vez, mas pulando ao redor dá uma boa idéia do estado do banco de dados (se não o transporte do mundo) em um dado momento.
mostra rotas principalmente espanhol, holandês e inglês - são surpreendentemente constante ao longo do período (embora alguns impérios cair dentro e fora do registro), mas as viagens individuais são divertidos. E existem alguns padrões macro - o movimento do comércio britânico para a Índia, o efeito da Revolução Americana e as guerras napoleônicas, e assim por diante.



PRINCIPAL TRÁFEGO MARÍTIMO ENTRE 1800-1900 - EVOLUÇÃO MÉDIA SAZONAL DO PERÍODO:
[segundo video deste post]

A segunda tem a ver com a sazonalidade: ele comprime de todos esses anos em um único período de janeiro de dezembro, para revelar padrões sazonais. Faço um loop algumas vezes para que você possa ter uma noção melhor, mas os dados são os mesmos para cada ano.



MAPA DO PRINCIPAL TRÁFEGO MARÍTIMO ENTRE 1980-1997 - MÉDIA DO PERÍODO:
[mapa em preto e branco neste post]

O mapa corresponde a uma plataforma de uma coleção da base de dados do "International Comprehensive Ocean-Atmosphere Data Set" (ICOADS). Neste mapa em particular registaram-se a rota de cada navio extraída do diário de bordo do seu comandante e mapeada numa projeção equirectangular sem outros elementos.

Fonte: dados obtidos no National Centers for Environmental Prediction (NCEP): US Natl. Cntrs. for Environ. Pred. (NCEP) Ship Data, deck 892, collected between 1980 and 1997. Os videos e o mapa foram trabalhados por Benjamin Schmidt e publicados no excelente Sapping Attention - Digital Humanities: Using tools from the 1990s to answer questions from the 1960s about 19th century America.