Desde 1994 que dou aulas e todos os anos tenho uma novidade.
Exceptuando os sétimos e oitavos anos que leccionei várias vezes, apanhei sempre com novidades e nem vale a pena imaginarem que a experiência adequerida num ano servirá para o seguinte.
Este ano as minhas maiores surpresas são os chamados Cursos Profissionais do secundário e que, sendo radicalmente «diferentes» de quaisquer outras modalidades de ensino, deixam-me a mim, alunos e demais professores, um tanto ou quanto baralhados.
Não há manuais ou outros auxiliares. Não há aulas mas horas e segmentos. Os cursos são financiados e há orçamentos a justificar para tudo e mais alguma coisa - inclusive o ordenado dos professores. Agasto-me a conciliar as matérias a leccionar e uns supostos pré-requisitos dos alunos, a devorar legislação e a optimizar regras e rotinas, a compreender o regime de faltas e as avaliações.
Se julgam que não é nada demais, posso dizer que o lema oficial do profissional é um "Não há faltas, não há negativas". Os alunos têm umas ideias muito próprias sobre o que é o trabalho numa escola mas, ainda assim, as aulas têm de funcionar e os programas estão AQUI e AQUI.
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