O IDH E O PIB, O PNB E E O RNB
No nono ano de geografia trabalhamos o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que usa 4 indicadores. Um destes era o PIB/per capita que passou em 2009 a RNB/per capita mas ambos medem a riqueza produzida. Qual a diferença? Porque mudaram de indicador?
Uma simples mudança que obriga a esclarecimentos simples:
1) PIB, PNB e RNB: estes indicadores medem o valor da riqueza produzida.
2) PIB (Produto Interno Bruto) será a riqueza produzida no território nacional por estrangeiros e nacionais.
3) PNB (Produto Nacional Bruto) será a riqueza produzida por nacionais no estrangeiro e dentro do próprio país (território nacional).
4) RNB (Rendimento Nacional Bruto) será a riqueza produzida por nacionais no estrangeiro e dentro do próprio país (território nacional) sem incluir movimentos de capitais (empréstimos ou saídas de capitais). Ou seja, os países que vivam de dinheiro emprestado ou que sofram de «fuga de capitais» para o estrangeiro terá um RNB mais reduzido.
PRODUTO INTERNO BRUTO É DIFERENTE DE RENDIMENTO NACIONAL BRUTO
O PIB (Produto Interno Bruto) dá o valor da riqueza criada anualmente em Portugal, e o RNB (Rendimento Nacional Bruto) dá o valor da riqueza criada anualmente que fica em Portugal.
O PIB que é utilizado normalmente para medir o crescimento económico e também a riqueza de um país não traduz com rigor a verdadeira situação dos habitantes de um país. E isto porque uma parte da riqueza criada num país pode ser apropriado por estrangeiros através da sua transferência para o exterior.
O PIB (Produto Interno Bruto) dá o valor, em euros, da riqueza criada anualmente em Portugal, e o RNB (Rendimento Nacional Bruto) dá o valor da riqueza criada anualmente que fica em Portugal.
O CASO PORTUGUÊS DA DIFERENÇA ENTRE PIB E RNB - AS DÍVIDAS E AS FUGAS DE CAPITAL
Análise do Quadro I e Quadro II:
Tem aumentado a diferença entre o RNB e o PIB. As empresas portugueses, nomeadamente as pertencentes a grandes grupos económicos, estão a investir cada vez mais no estrangeiro. Há fuga de capitais e o investimento em Portugal é cada vez mais reduzido. E, porque, o país tem vivido de empréstimos/dívidas o PIB mantem valores mais elevados do que o RNB
Nota:
Estas informações foram possíveis por consulta ao artigo do economista Eugénio Rosa no resisitir.info.
1 comentário:
Indicadores complementares de desenvolvimento humano (IDH – IDHAD, IPM e IDG)
Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD)
O IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.
Com a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A “perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.
Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)
O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero em três dimensões – saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica. A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de trabalho para cada gênero.
O IDG substitui os anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e Índice de Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões do IDG.
Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)
O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios. As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma pesquisa domiciliar.
Os indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada domicílio na pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos indicadores ponderados, é usado para distinguir entre os pobres e os não pobres. Se o nível de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres.
O IPM é um indicador complementar de acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como objetivo acompanhar a pobreza que vai além da pobreza de renda, medida pelo percentual da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. Ela mostra que a pobreza de renda relata apenas uma parte da história.
Enviar um comentário