A Terra não é uma esfera prefeita:
Em primeiro lugar,
a Terra tem relevo.
Em segundo lugar
a Terra gira e como gira o nosso planeta tem um diâmetro ligeiramente maior no equador onde, com maior velocidade tangencial, a matéria tende a escapar pela tangente, por inércia. ATerra não é redonda mas ligeiramente achatada nos pólos.
Em terceiro lugar
a Terra, porque existe e tem massa, possui gravidade e a única maneira de caracterizar a forma de um planeta é fazer uma mapa da sua gravidade (tendo em conta a distribuição de massa em todo o globo). Este mapa da gravidade premite definir a exacta dimensão do geóide.
A imagem em cima ilustra o geóide construido com os dados da satélite GOCE
(nota: não se trata de uma imagem topográfica do planeta):
A partir de 2011, com os dados do GOCE,
é possível criar um modelo de geóide com uma precisão mil vezes superior aos valores antes obtidos (uma precisão na medida de altura entre 1 a 2 centímetros).
nota: lembremo-nos que a gravidade da Terra não é igual em todo o lado, variando consoante o lugar: onde há montanhas, por exemplo, a força será maior porque a massa é maior.
Esta exactidão é uma referência essencial para medir com rigor a altitude zero metros e, portanto, medir com rigor altitudes e alturas.
Finalmente, será possível calcular, com um rigor antes impossível,
a subida dos oceanos; definir o deslocamento de massas relacionadas com
as correntes oceânicas e saber qual é a sua contribuição para o Aquecimento Global; e, por fim, calcular quanto gelo é derretido nas
calotes polares.