Numa típica família coreana, como a dos Park, um assunto obrigatório à mesa de jantar: a vida escolar das crianças.
O pai comenta as equações matemáticas que o caçula Sul, de 13 anos, está aprendendo e pergunta ao mais velho, Sam, de 16, sobre a prova de inglês que ele fez naquele dia.
A intimidade do casal Yang Sue, 42 anos, e Young Woo Park, de 43, com a rotina estudantil dos filhos é tamanha que eles são capazes de discorrer em detalhe sobre as metas dos respectivos currículos escolares para este ano.
Também frequentam a página oficial da escola na internet para saber se os adolescentes têm deveres de casa ou prova à vista. Eles participam de reuniões, organizam feiras de ciência e, volta e meia, pilotam as panelas do refeitório da escola de Sul e Sam.
(...)
O facto de a Coreia do Sul ser um dos países em que os pais observam mais de perto a vida escolar dos filhos é apontado por especialistas como um dos trunfos que garantem ao país o seu alto padrão académico.
WEINBERG, Monica. (2004). Sete Lições da Coreia Para o Brasil – Equações na Mesa de Jantar. Veja. 16/02/2005
Em 1960, a Coreia do Sul era um típico país subdesenvolvido com índices socioeconómicos desatrosos e com taxas de analfabetismo próximas dos 35%. Nesse ano o seu PIB per capita equivalia ao do Sudão (900 dólares anuais). A guerra civil (1950-1953) causara mais de 1 milhão de mortos e a economia em ruínas.
Hoje, passados quarenta anos, a Coreia do Sul exibe uma economia fervilhante, capaz de triplicar de tamanho a cada década. O PIB per capita coreano cresceu dezanove vezes desde os anos 60; o analfabetismo praticamente desapareceu e 82% dos jovens terminam a universidade.
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