CORRECÇÃO DO EXAME NACIONAL DE GEOGRAFIA || 2017 ÉPOCA ESPECIAL






GRUPO I

A taxa de qualificação da população constitui um indicador importante para analisar o dinamismo socioeconómico e cultural dos países.

Nota – a taxa de qualificação da população estabelece a relação entre o número de diplomados com ensino superior e a população com 15 e mais anos de idade (apresentada em percentagem).





1. A partir dos dados da Tabela 1, é possível
(A) concluir que se registou um aumento generalizado da qualificação dos portugueses em todos os níveis de ensino. 
(B) calcular a diferença entre o número absoluto de residentes qualificados e o número absoluto de emigrantes qualificados. 
(C) calcular o crescimento relativo da população residente qualificada e da população emigrada qualificada. 
(D) concluir que o número absoluto de emigrantes e de residentes com qualificação superior aumentou.


2. «De acordo com a Figura 1, a qualificação da população emigrante aumentou entre 2000/2001 e 2010/2011». Esta afirmação é
(A) falsa, porque se regista uma redução da percentagem de emigrantes com o nível secundário de escolaridade. 
(B) verdadeira, porque se regista um aumento da percentagem de emigrantes com os níveis básico e secundário de escolaridade. 
(C) verdadeira, porque se regista uma redução da percentagem de emigrantes com o nível básico de escolaridade. 
(D) falsa, porque se regista um aumento da percentagem de emigrantes com os níveis básico e superior de escolaridade.


3. A evolução, entre 2001 e 2011, da percentagem de emigrantes portugueses com ensino superior, observada na Tabela 1, deveu-se, entre outros aspetos,
(A) ao desajustamento entre a oferta e a procura de emprego no mercado de trabalho qualificado, no território nacional.
(B) à flexibilização generalizada dos horários de trabalho no mercado laboral mais qualificado, no território nacional.
(C) ao equilíbrio entre os serviços qualificados prestados e as remunerações auferidas no mercado nacional.
(D) à elevada internacionalização das empresas portuguesas dependentes de mão de obra formada no território nacional.


4. Portugal integra, além da OCDE, organizações que promovem a difusão da língua e da cultura portuguesas, como
(A) a CPLP e a ONU.
(B) a CPLP e os PALOP.
(C) o FMI e os PALOP.
(D) o FMI e a ONU.


5. Considere as afirmações I, II e III, que se referem às relações entre os movimentos migratórios e os transportes. Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e falsas.
I. Os movimentos migratórios recentes têm beneficiado do desenvolvimento do transporte aéreo no espaço europeu, devido, entre outras razões, aos serviços prestados por operadoras de baixo custo.
II. Nos movimentos migratórios, o transporte ferroviário é muito utilizado, devido à elevada flexibilidade proporcionada, relativamente a outros modos de transporte.
III. Os movimentos migratórios têm contribuído para dinamizar o transporte rodoviário europeu, que constitui o modo mais sustentável do ponto de vista ambiental.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.


6. O reforço da coesão territorial no interior da União Europeia pode ser conseguido através
(A) da redução da distância tempo entre as cidades europeias e as regiões mais periféricas.
(B) do aumento da conexão entre redes de transporte nas ligações intercapitais da União Europeia.
(C) do aumento da densidade da rede ferroviária nas áreas litorais da União Europeia.
(D) da redução dos custos de portagens nas vias rápidas que ligam as principais capitais financeiras.










GRUPO II

O equilíbrio do litoral é afetado por ações de origem natural e antrópica.




1. De acordo com a Figura 2, o litoral de praia predomina no _______ algarvio e apresenta, na sua maior extensão, uma sensibilidade _______ à erosão.
(A) barlavento … elevada 
(B) sotavento … nula ou baixa 
(C) barlavento … nula ou baixa 
(D) sotavento … elevada


2. A sensibilidade à erosão no troço entre Faro e Vila Real de Santo António, identificada na Figura 2, é explicada por fatores como

(A) a menor exposição aos ventos dominantes de oeste e a baixa salinidade das águas.
(B) a elevada densidade da rede hidrográfica e a maior exposição à corrente quente do Golfo.
(C) a forte ondulação marítima do quadrante sul e a baixa profundidade das águas do mar.
(D) a moderada agitação marítima e a menor exposição às correntes dominantes do Atlântico.


3. Na costa sul do Algarve, existem formas de relevo litoral, assinaladas na Figura 2 com as letras X e Y, que são, respetivamente,
(A) uma restinga e uma baía. 
(B) um cabo e uma baía. 
(C) uma restinga e um lido. 
(D) um cabo e um lido.


4. Na costa algarvia, a aquicultura offshore do atum rabilho permite
(A) desenvolver a indústria agroalimentar e, assim, combater o desemprego sazonal. 
(B) incrementar a modalidade de pesca costeira e, assim, abastecer a rede hoteleira local. 
(C) reforçar a especialização piscícola no mercado interno português e no mercado externo. 
(D) salvaguardar os ecossistemas marinhos da intensificação da modalidade de pesca local.


5. Uma das causas da intensificação da erosão costeira verificada em troços da costa ocidental de Portugal continental é, entre outras,
(A) a construção de barragens, que retêm, a montante, os sedimentos arenosos transportados pelos rios. 
(B) a extração de inertes nos rios, que contribui para, a jusante, aumentar o assoreamento junto aos pilares das pontes. 
(C) a descida do nível do mar, que contribui para aumentar a vulnerabilidade na área costeira emersa. 
(D) a construção de esporões perpendiculares à linha de costa, que impedem a sedimentação na área contígua a norte.


6. O estabelecimento de acordos bilaterais de pesca entre Portugal e outros países fora da União Europeia é vantajoso, na medida em que tais acordos
(A) garantem o aumento do volume de capturas de moluscos, bivalves e crustáceos na costa portuguesa. 
(B) reduzem a vulnerabilidade do sector face à imposição de quotas de pesca fixadas pela União Europeia. 
(C) definem os planos de formação, com vista à especialização do sector das pescas em Portugal. 
(D) favorecem a expansão da pesca costeira nas águas marinhas de outros países da União Europeia.











GRUPO III

Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), o automóvel é um meio de transporte importante nas deslocações diárias para o trabalho.




1. De acordo com a Figura 3, alguns dos concelhos da AML que integram áreas em que menos de 47% das pessoas se deslocam de automóvel para o trabalho são
(A) Alcochete e Moita. 
(B) Vila Franca de Xira e Sintra. 
(C) Mafra e Seixal. 
(D) Almada e Loures.


2. Nos concelhos da AML mais afastados do concelho de Lisboa, a percentagem de pessoas residentes que utilizam o automóvel na deslocação para o trabalho, representada na Figura 3, explica-se, entre outras razões,
(A) pela existência de ligações diretas de transporte público entre aldeias. 
(B) pela grande mobilidade proporcionada pela rede viária fundamental. 
(C) pelo valor residual das portagens nas vias de acesso às principais cidades. 
(D) pelo elevado número de ligações diretas intermunicipais de transporte público. 


3. Considere as afirmações I, II e III, que se referem à percentagem de pessoas que diariamente se deslocam de automóvel para o emprego. Selecione a opção que, de acordo com a Figura 3, identifica corretamente as afirmações verdadeiras e falsas.
I. Nos concelhos suburbanos mais afastados da cidade de Lisboa, deslocam‑se de automóvel para o trabalho menos de 60% das pessoas. 
II. Nos concelhos de Lisboa e de Cascais, utilizam o automóvel na deslocação para o trabalho menos de 31% das pessoas. 
III. Os dados permitem inferir que, nos concelhos ribeirinhos da AML norte, 28% das pessoas, pelo menos, utiliza o transporte público na deslocação para o trabalho.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.


4. Lisboa é a cidade da AML que diariamente atrai mais população ativa, porque, entre outros fatores, é a cidade que
(A) dispõe de um parque habitacional mais diversificado e mais bem conservado. 
(B) oferece maior número de funções terciárias de diferentes níveis hierárquicos. 
(C) tem parques industriais de tecnologias de ponta inseridos na malha urbana. 
(D) concentra um elevado número de empresas dedicadas ao teletrabalho.


5. Nas áreas urbanas, a pressão exercida sobre os recursos naturais, que põe em causa a sustentabilidade ambiental, explica-se, entre outros fatores, pela
(A) grande capacidade de infiltração das águas pluviais. 
(B) utilização generalizada de energia fotovoltaica. 
(C) elevada produção de efluentes domésticos. 
(D) proximidade entre a residência e o comércio local.


6. As cidades podem contribuir para o desenvolvimento das áreas rurais envolventes, porque
(A) estabelecem com as áreas rurais relações de complementaridade no que respeita a bens e serviços. 
(B) oferecem frequentemente os serviços e os produtos agrícolas inexistentes nas áreas rurais. 
(C) proporcionam à população das áreas rurais diferentes atividades ligadas ao lazer. 
(D) disponibilizam serviços de educação pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico.










GRUPO IV

Nos países da União Europeia, o investimento na multimodalidade é importante para aumentar a mobilidade dos passageiros nos transportes públicos.




1. De acordo com a Figura 4, a ligação entre a rede ferroviária portuguesa e a rede ferroviária espanhola ocorre na proximidade de localidades como
(A) Elvas, Vilar Formoso e Valença. 
(B) Elvas, Entroncamento e Portalegre. 
(C) Vila Real de Santo António, Entroncamento e Valença. 
(D) Vila Real de Santo António, Portalegre e Vilar Formoso.


2. Considere as afirmações I, II e III, que se referem às características da rede ferroviária ibérica observadas na Figura 4. Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e falsas.
I. O porto de Sines tem ligação direta à rede espanhola. 
II. A maioria das estações da rede ferroviária portuguesa apresenta uma conectividade reduzida. 
III. A rede ferroviária portuguesa liga diretamente todas as capitais de distrito.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. 
(C) II é verdadeira; I e III são falsas. 
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.


3. No transporte de mercadorias, o modo de transporte aéreo regular apresenta vantagens, comparativamente com outros modos, no caso de
(A) substratos orgânicos e adubos naturais destinados à floricultura intensiva. 
(B) componentes eletrónicos de grande dimensão destinados à indústria transformadora. 
(C) matérias-primas variadas destinadas ao fabrico de peças de mobiliário urbano. 
(D) produtos agrícolas perecíveis destinados ao abastecimento diário do mercado europeu.


4. Em Portugal, os investimentos em infraestruturas de transporte, nas últimas décadas do século XX, incidiram, sobretudo,
(A) na rede portuária, para fazer face ao aumento do volume de mercadorias exportadas. 
(B) na rede ferroviária, de forma a facilitar a troca de mercadorias no interior da Península Ibérica. 
(C) na rede rodoviária, de forma a permitir uma maior mobilidade de pessoas e bens no espaço nacional. 
(D) na rede aeroportuária, para responder ao aumento da procura de voos low cost.


5. A potencialização dos recursos endógenos no interior do país pode ter impactes indiretos na demografia, como
(A) uma redução da taxa de crescimento natural. 
(B) um aumento da taxa de crescimento efetivo. 
(C) um aumento do índice de dependência total. 
(D) uma redução do índice sintético de fecundidade.


6. Portugal e Espanha integraram a Comunidade Económica Europeia (CEE)
(A) em 1986 e em 1981, respetivamente. 
(B) em 1973 e em 1981, respetivamente. 
(C) em 1973. 
(D) em 1986.











GRUPO V

As cartas meteorológicas são importantes na interpretação e na previsão dos estados de tempo.




1. Identifique as frentes e os aparelhos isobáricos (centros barométricos) assinalados, na Figura 5, com as letras X, Y, W e K.



Tópicos de resposta:
X – depressão / centro de baixas pressões / ciclone;
Y – anticiclone / centro de altas pressões;
W – frente quente;
K – frente fria.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Identifica os quatro elementos assinalados, na Figura 5, com as letras X, Y, W e K. (10 pontos).
Nível 1: Identifica dois ou três dos elementos assinalados, na Figura 5, com as letras X, Y, W e K. (5 pontos).







2. De acordo com a Figura 5, as afirmações seguintes são falsas.
I. No arquipélago dos Açores, a instabilidade atmosférica é mais elevada nas ilhas do grupo oriental do que nas ilhas dos grupos central e ocidental. 
II. A velocidade do vento é muito elevada no centro barométrico identificado com a letra Z, devido ao fraco gradiente barométrico.
Apresente, para cada uma das afirmações, uma razão que prove a sua falsidade.


Tópicos de resposta:
–– relativos à afirmação I:
• a instabilidade é mais elevada nas ilhas do grupo ocidental devido à influência da proximidade da depressão Z;
OU
• a instabilidade é menor nos grupos central e oriental, porque estes grupos não estão sob a influência direta da depressão Z.

–– relativos à afirmação II:
• a velocidade do vento é elevada devido à proximidade das isóbaras no centro depressionário Z;
OU
• a velocidade do vento é elevada devido ao forte gradiente barométrico.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta, para cada uma das duas afirmações, uma razão que justifica a sua falsidade. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta, para apenas uma afirmação, uma razão que justifica a sua falsidade. (5 pontos).







3. Em Portugal, têm-se verificado fenómenos extremos associados ao clima, com consequências sobre o território. Explique as medidas de planeamento e ordenamento do território que contribuem para
• a minimização dos efeitos das secas;
• a redução dos impactes das enxurradas.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.


Tópicos de resposta:
– medidas de planeamento e ordenamento do território que contribuem para a minimização dos efeitos das secas:
• opção por culturas agrícolas de sequeiro;
• opção por sistemas de rega gota a gota;
• opção pelo aumento da área florestal com espécies autóctones adaptadas ao clima;
• opção pela biodiversidade da floresta, de modo a torná-la menos vulnerável aos incêndios;
• rega com água reciclada;
• criação de reservas de água, de modo a prevenir os períodos de escassez;
• construção de transvases, de modo a assegurar o abastecimento de água em áreas mais secas;
• impedimento de construção de campos de golfe em territórios com escassez de água;
• aumento da vigilância nas florestas devido ao aumento do risco de incêndio;
• sensibilização para atitudes e comportamentos responsáveis, com vista à redução do consumo de água.

– medidas de planeamento e ordenamento do território que contribuem para a redução dos impactes das enxurradas:
• construção de socalcos;
• florestação das vertentes;
• intervenção nas linhas de água, de modo a diminuir a velocidade da água – construção de degraus de amortecimento de cheias;
• florestação das cabeceiras das linhas de água;
• desobstrução das linhas de água;
• manutenção da flora das «zonas húmidas»;
• proibição de construção em leitos de cheia;
• proibição de construção em áreas de declive acentuado;
• proibição de construção nas zonas terrestres de proteção, na orla costeira.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos:
Nível 5: Explica 4 medidas de planeamento e ordenamento do território, duas para cada tópico. Pode explicar apenas 1 medida de modo incompleto. (16 pontos).

Nível 4: Explica 4 medidas de planeamento e ordenamento do território, duas para cada tópico. Pode explicar 2 medidas de modo incompleto.
Ou
Explica 3 medidas de planeamento e ordenamento do território, uma ou duas para cada tópico. Pode explicar apenas 1 medida de modo incompleto. (12 pontos).

Nível 3: Explica 2 medidas de planeamento e ordenamento do território de modo completo, uma ou duas para cada tópico.
Ou
Explica 3 medidas de planeamento e ordenamento do território, uma ou duas para cada tópico. Pode explicar 2 medidas de modo incompleto.
Ou
Explica 4 medidas de planeamento e ordenamento do território, duas para cada tópico. Pode explicar 3 medidas de modo incompleto. (8 pontos).

Nível 2: Explica 2 medidas de planeamento e ordenamento do território, duas para um dos tópicos ou uma para cada tópico. Pode explicar 1 medida de modo incompleto.
Ou
Explica 1 medida de planeamento e ordenamento do território de modo completo. (4 pontos).

Nível 1: Apenas refere 3 ou 4 medidas de planeamento e ordenamento do território, uma ou duas para cada tópico, sem as explicar. (2 pontos).

Parâmetro B - Linguagem Científica:
Nível 2: Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).
Nível 1: Apresenta falhas na linguagem científica. (1 pontos).

Parâmetro C - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro e correto, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (2 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem, parcialmente, a sua clareza. (1 pontos).











GRUPO VI

As recentes reformas da Política Agrícola Comum (PAC) têm contribuído para aumentar a adesão dos agricultores portugueses ao modo de produção biológico.




1. De acordo com a Figura 6, identifique as duas produções com o maior aumento do número de hectares de área agrícola de 2000 a 2015.


Tópicos de resposta:
–– duas produções com maior aumento da sua área agrícola:
• pastagens;
• frutos secos.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Identifica duas produções. (10 pontos).
Nível 1: Identifica uma produção. (5 pontos).







2. Apresente duas causas da variação do total da área ocupada com o modo de produção biológico, observada na Figura 6:
• uma causa para a variação entre 1995 e 2005;
• uma causa para a variação entre 2005 e 2010.


Tópicos de resposta:
–– para o período 1995-2005:
• apoio direto ao modo de produção biológico – medidas favoráveis da PAC;
• sensibilização dos agricultores para uma agricultura mais sustentável;
• maior procura de produtos biológicos, motivada pela preocupação com a saúde;
• formação dada aos agricultores sobre práticas adotadas no modo de produção biológico.

–– para o período 2005-2010::
• apoio concedido ao modo de produção integrado, com menos riscos para o agricultor;
• interrupção dos apoios ao modo de produção biológico, em detrimento de outros.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta duas causas da variação da área ocupada com o modo de produção biológico. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta apenas uma causa da variação da área ocupada com o modo de produção biológico. (5 pontos).







3. As recentes reformas da PAC têm promovido a sustentabilidade das áreas rurais. Explique as estratégias desta política agrícola que visam

• a conservação dos recursos naturais;
• a viabilização económica e social do espaço rural.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.


Tópicos de resposta:
– estratégias das recentes reformas da PAC que visam a conservação dos recursos naturais:
• opção pelos modos de produção biológico e integrado;
• adequação das culturas aos solos e ao clima;
• redução da utilização de fitofármacos;
• responsabilização dos agricultores pela conservação da paisagem;
• redução de adubos químicos nos solos;
• recurso a espécies diversificadas no processo de florestação;
• uso de técnicas de rega mais eficientes;
• redução da poluição química e orgânica dos aquíferos.

– estratégias das recentes reformas da PAC que visam a viabilização económica e social do espaço rural:
• formação técnica dos agricultores;
• formação na área de gestão da atividade agrícola/florestal;
• incentivo ao associativismo agrário;
• valorização dos produtos endógenos;
• opção pela pecuária com reduzidos impactes ambientais;
• desenvolvimento da agroindústria;
• produção de energias renováveis nas áreas rurais;
• desenvolvimento do turismo em espaço rural;
• desenvolvimento do turismo sustentável;
• organização de feiras e de outras iniciativas destinadas a promover os produtos endógenos;
• certificação da qualidade dos produtos.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos:
Nível 5: Explica 4 estratégias preconizadas pelas recentes reformas da PAC, duas para cada tópico. Pode explicar apenas 1 estratégia de modo incompleto. (16 pontos).

Nível 4: Explica 4 estratégias preconizadas pelas recentes reformas da PAC, duas para cada tópico. Pode explicar 2 estratégias de modo incompleto.
Ou
Explica 3 estratégias preconizadas pelas recentes reformas da PAC, uma ou duas para cada tópico. Pode explicar apenas 1 estratégia de modo incompleto. (12 pontos).

Nível 3: Explica 2 estratégias preconizadas pelas recentes reformas da PAC de modo completo, uma ou duas para cada tópico.
Ou
Explica 3 estratégias preconizadas pelas recentes reformas da PAC, uma ou duas para cada tópico. Pode explicar 2 estratégias de modo incompleto.
Ou
Explica 4 estratégias preconizadas pelas recentes reformas da PAC, duas para cada tópico. Pode explicar 3 estratégias de modo incompleto. (8 pontos).

Nível 2: Explica 2 estratégias preconizadas pelas recentes reformas da PAC, duas para um dos tópicos ou uma para cada tópico. Pode explicar 1 estratégia de modo incompleto.
Ou
Explica 1 estratégia preconizada pelas recentes reformas da PAC de modo completo. (4 pontos).

Nível 1: AApenas refere 3 ou 4 estratégias preconizadas pelas recentes reformas da PAC, uma ou duas para cada tópico, sem as explicar. (2 pontos).

Parâmetro B - Linguagem Científica:
Nível 2: Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).
Nível 1: Apresenta falhas na linguagem científica. (1 pontos).

Parâmetro C - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro e correto, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (2 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem, parcialmente, a sua clareza. (1 pontos).




FIM









Nota - Nos Exames de Geografia de 2017 as Versões 1 e 2 de cada prova foram usadas em simultâneo e diferenciavam-se apenas pela alteração da ordenação das alíneas de resposta nas questões de escolha múltipla.

CORRECÇÃO DO EXAME NACIONAL DE GEOGRAFIA || 2018 FASE 1







1. A Figura 1 apresenta alguns indicadores demográficos que são fundamentais para caracterizar a população portuguesa.




1.1. Da análise da Figura 1, podemos concluir que, a partir de 2011, os valores da taxa de crescimento efetivo se devem ao facto de

(A) a mortalidade ser superior à natalidade e a imigração ser inferior à emigração. 
(B) a mortalidade ser inferior à natalidade e a imigração ser inferior à emigração. 
(C) a mortalidade ser inferior à natalidade e a imigração ser superior à emigração. 
(D) a mortalidade ser superior à natalidade e a imigração ser superior à emigração.


1.2. De acordo com a Figura 1, o valor da taxa de crescimento natural foi _______ ao valor da taxa de crescimento migratório, _______.
(A) inferior … de 2011 a 2014 
(B) superior … de 2014 a 2016 
(C) superior … de 1992 a 1994 
(D) inferior … de 2004 a 2010


1.3. A variação da taxa de crescimento migratório no período de 1993 a 2000, observada na Figura 1, pode ser explicada, entre outras razões, pela
(A) oferta de emprego no Reino Unido e na Suíça, que originou um forte fluxo de emigrantes portugueses para esses países. 
(B) crise económica em países do sul da Europa, que atraiu um elevado fluxo de imigrantes não qualificados para Portugal. 
(C) atração exercida por países como Angola e Moçambique, que originou um forte fluxo de emigrantes portugueses com formação técnica superior. 
(D) realização de grandes obras nacionais, em consequência da adesão de Portugal à União Europeia, que atraiu um elevado fluxo de imigrantes.


1.4. Considere as afirmações I, II e III, que se referem à análise da variação dos indicadores da Figura 1 e dos seus efeitos noutros indicadores. Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e as falsas.
I. A taxa de atividade aumentou no período de 2010 a 2013. 
II. A população total portuguesa aumentou a partir de 2013. 
III. O índice de dependência total aumentou no período de 2010 a 2013.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa. 
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(C) III é verdadeira; I e II são falsas. 
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

* * *








2. Na Figura 2, observa-se parte do Parque das Nações, onde se localiza a Gare do Oriente, construída na área oriental da cidade de Lisboa, na margem norte do rio Tejo, aquando da Exposição Mundial de Lisboa (Expo’98 Lisboa). Esta infraestrutura é constituída por uma estação ferroviária, por uma central rodoviária, por praças de táxis, por parques de estacionamento e por uma estação de metropolitano.




2.1. As afirmações seguintes são verdadeiras.
I. O pavilhão Altice Arena está localizado a este da estação ferroviária. 
II. A ponte Vasco da Gama tem, aproximadamente, 17 km. 
III. A central rodoviária estabelece a ligação entre os transportes urbanos e os suburbanos. 
IV. A Gare do Oriente apresenta elevada centralidade, o que contribui para a fixação de empresas no Parque das Nações. 
V. O Parque das Nações é um espaço multifuncional, cuja génese está associada à Expo’98 Lisboa.
Identifique as duas afirmações cujo conteúdo pode ser comprovado através da leitura do texto introdutório ou da análise da Figura 2.


Identificação dos itens:
I e V



2.2. A Gare do Oriente, observada na Figura 2, é considerada um interface, porque constitui
(A) uma plataforma logística, onde existe um terminal de passageiros com ligação direta ao aeroporto de Lisboa. 
(B) um nó, onde se muda do modo de transporte ferroviário para o modo de transporte fluvial. 
(C) um nó, onde se estabelecem conexões entre os modos de transporte rodoviário e ferroviário. 
(D) uma plataforma logística, onde ocorre transbordo de mercadorias entre os vários modos de transporte.


2.3. A ponte Vasco da Gama, observada na Figura 2, é um eixo rodoviário que veio contribuir para
(A) acentuar as assimetrias regionais entre os concelhos ribeirinhos a norte e a sul do rio Tejo. 
(B) intensificar a frequência dos movimentos pendulares entre as duas margens do rio Tejo. 
(C) diminuir a renda locativa nos concelhos ribeirinhos a sul do rio Tejo. 
(D) reduzir a área da zona húmida da Reserva Natural do Estuário do Tejo.


3. A maioria dos turistas oriundos da União Europeia que viajam para Lisboa utiliza o transporte aéreo, em detrimento do transporte ferroviário,
(A) pelo elevado número de ligações diretas com Lisboa no espaço europeu, que reduzem a distância tempo nas viagens. 
(B) por Portugal pertencer ao Espaço Schengen, o que dispensa a utilização de documentos de identificação individual. 
(C) pelo elevado número de placas giratórias no espaço europeu, que aumentam a flexibilidade nos itinerários intercontinentais. 
(D) por Portugal pertencer à Zona Euro, o que isenta os turistas do pagamento de taxas nos locais de embarque e desembarque.

* * *








4. Na Figura 3, está representada a rede hidrográfica de Portugal continental, cujas características estão relacionadas, entre outros fatores, com a natureza das rochas, com os acidentes tectónicos, com as condições atmosféricas e com a intervenção humana.
Também estão representadas as albufeiras do Sabugal e de Meimoa, cujas cotas do nível base se encontram, respetivamente, a cerca de 760 metros e a cerca de 560 metros.





4.1. De acordo com a Figura 3, os dois rios que apresentam os troços mais extensos com suscetibilidade elevada a cheias e a inundações são
(A) o Tejo e o Mondego. 
(B) o Tejo e o Sado. 
(C) o Mondego e o Vouga. 
(D) o Sado e o Vouga.


4.2. A suscetibilidade elevada a cheias e a inundações, representada na Figura 3, deve-se, principalmente,
(A) ao predomínio de relevo de vales largos e pouco encaixados. 
(B) à ação da vegetação na retenção do escoamento superficial. 
(C) ao perfil transversal do rio em forma de «V» fechado. 
(D) à existência de rochas e solos permeáveis no leito do rio.


4.3. Considere as afirmações I, II e III, que se referem aos objetivos da construção de um transvase, como o identificado na Figura 3, entre o rio Coa e a ribeira de Meimoa. Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e as falsas.
I. O transvase contribui para atenuar o défice hídrico na albufeira de Meimoa, que abastece o projeto agrícola da Cova da Beira. 
II. O transvase contribui para aumentar a disponibilidade hídrica na bacia do rio Tejo. 
III. O transvase contribui para aumentar o caudal do rio Coa.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. 
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.


5. Um dos objetivos da construção de barragens com albufeira de retenção é minimizar os efeitos da irregularidade da precipitação.
Refira duas funções das barragens que permitem concretizar esse objetivo.


Tópicos de resposta:
• regularizar o caudal dos cursos de água, a jusante;
• minimizar os efeitos das cheias e das inundações;
• permitir a rega dos campos em períodos secos;
• assegurar o caudal ecológico;
• abastecer regularmente a rede pública
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Refere duas funções das barragens. (8 pontos).
Nível 1: Refere uma função das barragens. (4 pontos).






6. A Lezíria do Tejo apresenta uma ocupação cultural diversificada, com tomate, oliveira, trigo, melão, vinha e sobreiro.
Identifique as duas culturas que são temporárias de regadio.


Identificação dos itens:
Tomate; melão




7. O desenvolvimento da região do Alentejo passa pela exploração dos seus recursos endógenos. Duas das estratégias possíveis a fomentar são:
A – o desenvolvimento da fileira associada à extração dos minerais metálicos;
B – o desenvolvimento da fileira associada à extração das rochas ornamentais.
Selecione a estratégia, A ou B, que, como autarca, escolheria para desenvolver a região do Alentejo.

De acordo com a estratégia selecionada, apresente duas medidas, explicando de que modo contribuem para o desenvolvimento da região.


Tópicos de resposta:
–– Estratégia A – o desenvolvimento da fileira associada à extração dos minerais metálicos: 
• aposta na indústria extrativa, associada aos recursos endógenos, para exportar matéria‑prima, como o volfrâmio ou o cobre, e para aumentar o emprego na região;
• desenvolvimento da indústria transformadora dependente da indústria extrativa, para fomentar a comercialização e dinamizar a economia da região;
• exploração dos recursos minerais, para fixar a mão de obra especializada, de modo a dinamizar o tecido empresarial na região;
• criação de núcleos museológicos associados aos minerais metálicos, de modo a valorizar a memória histórica da atividade mineira e, assim, a potenciar o desenvolvimento sociocultural da região;
• investimento na formação profissional especializada, para aumentar a empregabilidade da população e a produtividade das empresas na região.

–– Estratégia B – o desenvolvimento da fileira associada à extração das rochas ornamentais: 
• desenvolvimento da indústria extrativa de recursos, como o mármore, o granito ou o xisto, para a construção civil, de modo a valorizar os recursos endógenos da região;
• fixação de empresas transformadoras de rocha extraída, para aplicação na decoração de paredes, portas, janelas e mobiliário, de modo a diversificar o tecido empresarial;
• fixação de empresas associadas à indústria extrativa e transformadora, para aumentar o emprego e o equilíbrio da balança comercial;
• exploração de rochas ornamentais, para incrementar o comércio e os serviços, de modo a gerar riqueza na região;
• dinamização de oficinas de escultura, com a utilização das rochas, para fomentar as artes, de modo a elevar o nível sociocultural da região;
• apoio das universidades/escolas profissionais na formação profissional especializada, de modo a melhorar a empregabilidade da população e a produtividade.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos e Linguagem Científica:
Nível 4: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando de forma adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (8 pontos).

Nível 3: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando de forma adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, uma de forma adequada e outra de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (6 pontos).

Nível 2: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando uma de forma adequada e outra de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Utiliza uma linguagem científica adequada.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando de forma adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (4 pontos).

Nível 1: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento da região.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).


Parâmetro B - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (4 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem parcialmente a sua clareza. (1 pontos).



Nota – Caso o aluno responda às duas estratégias, só é considerada para efeitos de classificação a primeira estratégia apresentada.

* * *









8. Em 2010, a agricultura e a floresta ocupavam cerca de 60% do território continental.
As Figuras 4A e 4B representam, respetivamente, os padrões de uso e ocupação do solo da agricultura e da floresta.





8.1. A partir da análise da Figura 4A, identifique as duas regiões agrárias, além da região agrária do Alentejo, onde há maior representatividade dos concelhos com uma área agrícola superior a 40%.


Identificação dos itens:
Trá-os-Montes; Ribatejo e Oeste.



8.2. «A fraca ocupação florestal nos concelhos do Alto Douro, observada na Figura 4B, explica-se pela aposta na cultura da vinha.»
Esta afirmação é

(A) falsa, pois, nesta região, o declive das vertentes favorece a silvicultura. 
(B) verdadeira, pois, nesta região, a evapotranspiração condiciona a silvicultura. 
(C) verdadeira, pois, nesta região, as condições edafoclimáticas favorecem a cultura da vinha. 
(D) falsa, pois, nesta região, a prática agrícola em socalcos condiciona a cultura da vinha.




8.3. Considere as afirmações I, II e III, que se referem à análise das Figuras 4A e 4B e ao conhecimento adquirido sobre a distribuição das principais espécies florestais das regiões agrárias.
Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e as falsas.
I. Em 2010, o padrão de uso e ocupação do solo com agricultura é idêntico ao padrão de uso e ocupação do solo com floresta. 
II. Na região agrária da Beira Interior e no litoral da região agrária do Alentejo, as espécies florestais dominantes são, respetivamente, o pinheiro-bravo e o sobreiro. 
III. Na maioria dos concelhos da região agrária do Algarve, a percentagem de área florestal é superior à percentagem de área agrícola.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa. 
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(C) III é verdadeira; I e II são falsas. 
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.



8.4. Refira dois impactes naturais associados aos incêndios florestais na região agrária da Beira Interior, considerando a ocupação florestal representada na Figura 4B.


Tópicos de resposta:
• erosão dos solos/perda de solo;
• redução da qualidade da água;
• perda de biodiversidade;
• diminuição da qualidade do ar;
• desflorestação;
• perigo de enxurradas;
• degradação da paisagem natural.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Refere dois impactes naturais associados aos incêndios florestais. (8 pontos).
Nível 1: Refere apenas um impacte natural associado aos incêndios florestais. (4 pontos).





9. O modo de produção biológica e o modo de produção integrada são estratégias, apoiadas pelas reformas mais recentes da Política Agrícola Comum (PAC), que vieram contribuir para
(A) a certificação de produtos DOP baseada na interdição do uso de fitofármacos. 
(B) a prática da agricultura tradicional orientada para o autoconsumo das famílias. 
(C) a formação de produtores agrícolas orientada para o equilíbrio dos ecossistemas. 
(D) a atribuição de subsídios aos agricultores baseada no rendimento agrícola.


10. A produção de primores na região agrária do Algarve é favorecida, entre outras razões, pela
(A) elevada radiação solar global durante o inverno. 
(B) elevada amplitude térmica ao longo do ano. 
(C) fraca insolação durante o inverno. 
(D) fraca radiação ultravioleta ao longo do ano.

* * *









11. O Sol é uma fonte de energia primária que, através da radiação solar, permite o desenvolvimento de atividades económicas como a agricultura. A Figura 5 ilustra alguns dos processos relacionados com a radiação solar e com a radiação terrestre.
Esses processos estão assinalados com as letras W, X, Y e Z.





11.1. Na Figura 5, a reflexão, a absorção, a radiação solar direta e a radiação terrestre correspondem, respetivamente, às letras
(A) X, Z, Y e W. 
(B) X, W, Y e Z. 
(C) W, Z, X e Y. 
(D) Y, W, X e Z.



11.2. Refira duas formas de aproveitamento da radiação solar que contribuam para reduzir os custos da produção agrícola.



Tópicos de resposta:
• utilização de painéis fotovoltaicos no sistema de rega;
• utilização de painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica;
• utilização de estufas para aumentar a produção;
• adequação das espécies agrícolas à intensidade e ao número de horas de radiação solar.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Refere duas formas de aproveitamento da radiação solar. (8 pontos).
Nível 1: Refere apenas uma forma de aproveitamento da radiação solar. (4 pontos).



* * *









12. Leia o texto seguinte.

Na atualidade, nas cidades de Lisboa e do Porto, assiste-se a alterações significativas no mercado imobiliário.
As taxas de ocupação dos alojamentos locais para fins turísticos, nos centros históricos de Lisboa e do Porto, são muito elevadas, o que tem gerado uma sobrevalorização imobiliária. Poucos edifícios requalificados nessas cidades são direcionados para habitação permanente, podendo o arrendamento de curta duração ser feito através de plataformas digitais internacionais de reserva.
Nas cidades, multiplicam-se os hostels, o comércio de fast food e o comércio de produtos com apelo gourmet ou artesanal.


12.1. Tendo em conta a informação do texto, o aumento do valor da renda locativa nos centros históricos deve-se, entre outros fatores,
(A) à oferta habitacional ser superior à procura nestas áreas. 
(B) à gentrificação incentivada pelo turismo nestas áreas. 
(C) à generalização da rurbanização nestas áreas. 
(D) à aposta na construção em altura nestas áreas.


12.2. A especialização funcional referida no texto, além de contribuir para a projeção internacional das cidades de Lisboa e do Porto, veio permitir
(A) a estabilização do arrendamento a longo prazo. 
(B) a subida exponencial da função residencial. 
(C) a redução da pressão sobre os recursos naturais. 
(D) a regeneração urbana de bairros históricos.


12.3. Apresente duas razões que justificam a relevância das plataformas digitais no aumento da taxa de ocupação dos alojamentos para fins turísticos.


Tópicos de resposta:
• facilidade de divulgação da informação relativa à ocupação dos alojamentos para o turismo;
• divulgação promocional dos alojamentos para o turismo;
• reajustamento do preço à procura;
• diversificação de oferta de alojamento para fins turísticos.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta duas razões que justificam a relevância das plataformas digitais. (8 pontos).
Nível 1: Apresenta apenas uma razão que justifica a relevância das plataformas digitais. (4 pontos).





13. Considere as afirmações I, II e III, que se referem ao contributo de programas específicos para o desenvolvimento sustentável das cidades.
Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e as falsas.
I. O Programa Especial de Realojamento (PER) contempla medidas direcionadas para o alojamento de famílias com menos recursos económicos. 
II. Os programas de incentivo à reabilitação urbana privilegiam a reconstrução da habitação, de modo a assegurar o enobrecimento de determinados bairros. 
III. Os programas municipais direcionados para a dinamização de hortas urbanas visam, entre outros objetivos, melhorar a qualidade de vida da população.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa. 
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(C) II é verdadeira; I e III são falsas. 
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.



14. Os autarcas das cidades confrontam-se com a necessidade de definir estratégias que contribuam para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida. Duas estratégias possíveis são:
A – promover a reabilitação urbana destinada à habitação permanente;
B – fomentar a mobilidade sustentável.
Selecione a estratégia, A ou B, que, como autarca, escolheria para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.

De acordo com a estratégia selecionada, apresente duas medidas, explicando de que modo contribuem para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.


Tópicos de resposta:
–– Estratégia A - promover a reabilitação urbana destinada à habitação permanente: 
• atribuição de subsídios às famílias mais carenciadas, de modo a poderem suportar as subidas das rendas nas habitações reabilitadas;
• aplicação de um projeto de rendas acessíveis aos jovens e à população mais carenciada, para fixar população e humanizar a cidade;
• apoio aos proprietários na reabilitação dos edifícios, para melhorar o conforto das habitações e tornar o espaço urbano mais atrativo;
• criação de equipamentos e de serviços no espaço público dos bairros reabilitados, de modo a promover a qualidade de vida;
• investimento na aquisição de mobiliário urbano, para melhorar a qualidade do espaço público e promover a inclusão social nos bairros reabilitados.

–– Estratégia B - fomentar a mobilidade sustentável: 
• atribuição de benefícios fiscais na aquisição e na utilização de carros elétricos e híbridos, de modo a melhorar a qualidade do ar;
• criação de ciclovias/vias cicláveis e pedonais, para incentivar a mobilidade sustentável e, desse modo, promover a saúde;
• criação de postos de abastecimento elétrico, para dar resposta às necessidades dos veículos elétricos e para aumentar a eficiência energética;
• criação de passes sociais multimodais a preços acessíveis, para incentivar a utilização generalizada dos transportes coletivos;
• criação de um serviço de partilha automóvel (carsharing), de modo a reduzir o congestionamento do tráfego;
• implementação de programas, com vista ao aumento da mobilidade e da acessibilidade, de modo a tornar a cidade mais inclusiva.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos e Linguagem Científica:
Nível 4: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando de forma adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (8 pontos).

Nível 3: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, uma de forma adequada e outra de forma menos adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (6 pontos).

Nível 2: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando uma de forma adequada e outra de forma menos adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando de forma menos adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Utiliza uma linguagem científica adequada.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando de forma adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (4 pontos).

Nível 1: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para tornar a cidade num espaço com maior qualidade de vida.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).


Parâmetro B - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (4 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem parcialmente a sua clareza. (1 pontos).



Nota – Caso o aluno responda às duas estratégias, só é considerada para efeitos de classificação a primeira estratégia apresentada.

* * *










15. A Fajã dos Cubres, na ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores, ilustrada na Fotografia A, é considerada uma área de paisagem protegida e está classificada como Sítio de Importância Internacional, atendendo às particularidades geográficas, ambientais e culturais. Nesta fajã, encontra-se uma zona húmida em contacto direto com o mar.




15.1. Identifique as formas de relevo litoral que, na Fotografia A, correspondem à letra M e à letra H.


Identificação dos itens:
M – Laguna/lagoa de origem marinha/lagoa costeira;
H – Arriba/falésia.




15.2. Áreas do território como a ilustrada na Fotografia A apresentam potencialidades para um desenvolvimento sustentável, que pode ser conseguido através de atividades económicas como
(A) o ecoturismo, devido à atratividade das condições geomorfológicas e biológicas. 
(B) a extração de inertes, devido aos depósitos rochosos de origem vulcânica no sopé da vertente. 
(C) a aquicultura intensiva, devido ao ambiente natural propício à cultura de moluscos e crustáceos. 
(D) a salicultura, devido aos elevados quantitativos de precipitação ao longo do ano.



16. Na Região Autónoma dos Açores, existem Zonas Especiais de Conservação (ZEC) e Zonas de Proteção Especial (ZPE) que integram a Rede Natura 2000 devido
(A) à paisagem criada pela existência de vulcanismo ativo. 
(B) ao valor social e cultural das paisagens naturais. 
(C) à valorização turística das zonas de proteção terrestre e marítima do litoral. 
(D) ao valor científico associado à conservação da flora e da fauna selvagem.









FIM


Nota - Nos Exames de Geografia de 2017 as Versões 1 e 2 de cada prova foram usadas em simultâneo e diferenciavam-se apenas pela alteração da ordenação das alíneas de resposta nas questões de escolha múltipla.

TEMA RECURSOS MARÍTIMOS | EXAME 2017 FASE 1





GRUPO II

A Ericeira, na costa ocidental de Portugal continental, é um destino muito procurado por surfistas, dadas as condições naturais para a prática da modalidade.





1. A fotografia da Figura 2A foi captada
(A) ao fim da tarde. 
(B) de tarde. 
(C) ao meio-dia. 
(D) de manhã.


2. Na paisagem litoral das Figuras 2A e 2B, é possível observar
(A) uma arriba fóssil e uma praia de seixos, com campo dunar. 
(B) uma arriba e uma praia arenosa, sem campo dunar. 
(C) uma arriba e uma praia de seixos, com campo dunar. 
(D) uma arriba fóssil e uma praia arenosa, sem campo dunar.


3. A construção de esporões com orientação este-oeste, na orla costeira ocidental de Portugal continental,
tem efeitos na deriva litoral, contribuindo para

(A) uma maior acumulação de areias na área a norte contígua ao esporão. 
(B) um menor efeito da ondulação na área a norte contígua ao esporão. 
(C) uma maior ação de transporte na área a sul contígua ao esporão. 
(D) um menor impacte do upwelling na área a sul contígua ao esporão.


4. O litoral de Portugal continental apresenta algumas características morfológicas como as que constam da coluna I.
Associe as características morfológicas da coluna I aos respetivos significados da coluna II.

(A) (a) – (3); (b) – (5) e (c) – (2). 
(B) (a) – (1); (b) – (3) e (c) – (4). 
(C) (a) – (1); (b) – (4) e (c) – (2). 
(D) (a) – (2); (b) – (4) e (c) – (5).


5. As arribas estão sujeitas a processos erosivos que podem ser intensificados

(A) pelo aumento do nível das águas do mar e pela construção de edifícios no topo. 
(B) pelo galgamento oceânico e pela instalação de estruturas balneares no sopé. 
(C) pelo desmoronamento e queda de blocos e pela poluição das águas balneares. 
(D) pelo avanço da linha da costa e pela invasão de espécies vegetais autóctones.


6. A distinção da vila da Ericeira como «Reserva Mundial do Surf» contribui para aumentar a sua área de influência, porque potencia diretamente

(A) o aumento das rotas aéreas, justificado pela elevada afluência de turistas. 
(B) a opção por funções banais, justificada pela afluência de desportistas no período estival. 
(C) a especialização funcional, através da aposta na fileira dos desportos náuticos. 
(D) o investimento na divulgação do património cultural, através da criação de rotas pedestres.

VER CORRECÇÃO

CORRECÇÃO DO TEMA RECURSOS MARÍTIMOS || EXAME 2017 FASE 1





GRUPO II

A Ericeira, na costa ocidental de Portugal continental, é um destino muito procurado por surfistas, dadas as condições naturais para a prática da modalidade.





1. A fotografia da Figura 2A foi captada
(A) ao fim da tarde. 
(B) de tarde. 
(C) ao meio-dia. 
(D) de manhã.


2. Na paisagem litoral das Figuras 2A e 2B, é possível observar
(A) uma arriba fóssil e uma praia de seixos, com campo dunar. 
(B) uma arriba e uma praia arenosa, sem campo dunar. 
(C) uma arriba e uma praia de seixos, com campo dunar. 
(D) uma arriba fóssil e uma praia arenosa, sem campo dunar.


3. A construção de esporões com orientação este-oeste, na orla costeira ocidental de Portugal continental, tem efeitos na deriva litoral, contribuindo para

(A) uma maior acumulação de areias na área a norte contígua ao esporão. 
(B) um menor efeito da ondulação na área a norte contígua ao esporão. 
(C) uma maior ação de transporte na área a sul contígua ao esporão. 
(D) um menor impacte do upwelling na área a sul contígua ao esporão.


4. O litoral de Portugal continental apresenta algumas características morfológicas como as que constam da coluna I.
Associe as características morfológicas da coluna I aos respetivos significados da coluna II.

(A) (a) – (3); (b) – (5) e (c) – (2). 
(B) (a) – (1); (b) – (3) e (c) – (4). 
(C) (a) – (1); (b) – (4) e (c) – (2). 
(D) (a) – (2); (b) – (4) e (c) – (5).


5. As arribas estão sujeitas a processos erosivos que podem ser intensificados

(A) pelo aumento do nível das águas do mar e pela construção de edifícios no topo. 
(B) pelo galgamento oceânico e pela instalação de estruturas balneares no sopé. 
(C) pelo desmoronamento e queda de blocos e pela poluição das águas balneares. 
(D) pelo avanço da linha da costa e pela invasão de espécies vegetais autóctones.


6. A distinção da vila da Ericeira como «Reserva Mundial do Surf» contribui para aumentar a sua área de influência, porque potencia diretamente

(A) o aumento das rotas aéreas, justificado pela elevada afluência de turistas. 
(B) a opção por funções banais, justificada pela afluência de desportistas no período estival. 
(C) a especialização funcional, através da aposta na fileira dos desportos náuticos. 
(D) o investimento na divulgação do património cultural, através da criação de rotas pedestres.

CORRECÇÃO DO TEMA RECURSOS RADIAÇÃO SOLAR E TEMA RECURSOS HÍDRICOS || EXAME 2017 FASE 1





GRUPO I


A variação interanual de elementos climáticos, como a temperatura e a precipitação, condiciona a produção agrícola.

Observe a Figura 1, na qual está representada, para Portugal continental, a posição dos anos 50, 60 e 90 do século XX e dos primeiros dez anos do século XXI, conjugando o desvio da temperatura média anual com a percentagem da precipitação, relativamente às normais climatológicas 1971-2000.





1. De acordo com os dados representados na Figura 1, o período mais frio e húmido foi o dos
(A) anos 90 do século XX. 
(B) anos 50 do século XX. 
(C) anos 60 do século XX. 
(D) primeiros dez anos do século XXI.


2. «De acordo com a Figura 1, podemos afirmar que, em Portugal continental, o clima apresenta uma tendência de aquecimento». Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque, a partir de 1990, na maioria dos anos se registaram valores de temperatura média anual superiores à normal climatológica. 
(B) verdadeira, porque, no período de 1950 a 1969, na maioria dos anos se registaram valores da temperatura média anual superiores à normal climatológica. 
(C) falsa, porque, a partir de 1990, na maioria dos anos se registaram valores de temperatura média anual inferiores à normal climatológica. 
(D) falsa, porque, no período de 1950 a 1969, na maioria dos anos se registaram valores da temperatura média anual inferiores à normal climatológica.


3. Considere as afirmações I, II e III. Identifique as afirmações que, de acordo com a Figura 1, caracterizam o comportamento da temperatura e da precipitação, face às respetivas normais climatológicas.

I. A diferença entre o valor da temperatura média do ano mais frio e o do ano mais quente foi superior a 2,5 ºC. 
II. O desvio percentual da precipitação anual relativamente à normal climatológica é menor nos anos mais húmidos do que nos anos mais secos. 
III. Em 1963 e em 1993, registaram-se valores da precipitação anual próximos do valor da normal climatológica.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.


4. A suscetibilidade dos territórios rurais aos fogos florestais é intensificada no verão quando

(A) a humidade absoluta é elevada e dominam ventos fracos a moderados do quadrante oeste.
(B) a humidade relativa é elevada e dominam ventos fracos a moderados do quadrante leste. 
(C) a humidade absoluta é baixa e dominam ventos moderados a fortes do quadrante oeste. 
(D) a humidade relativa é baixa e dominam ventos moderados a fortes do quadrante leste.


5. A ocorrência de elevados quantitativos de precipitação nos meses de outono/inverno, num curto período de tempo, pode ter efeitos devastadores nas áreas urbanizadas do litoral, junto à secção terminal dos rios, quando
(A) os leitos de cheia se encontram impermeabilizados com estradas e se constroem socalcos nas vertentes a montante. 
(B) as linhas de água estão encanadas sob áreas edificadas e se constroem socalcos nas vertentes a montante. 
(C) coincide com a preia-mar e se verifica uma ocupação do leito de cheia com áreas residenciais. 
(D) coincide com a baixa-mar e se verifica uma ocupação do leito de cheia com áreas residenciais.


6. Nos anos em que a temperatura média anual é muito inferior à normal climatológica e a precipitação anual é superior à normal climatológica, é necessário recorrer a técnicas agrícolas como a
(A) intensificação do uso de sistemas de rega inteligentes. 
(B) utilização de estufas para a produção de hortícolas. 
(C) criação de sistemas de hidroponia nos pomares. 
(D) plantação de leguminosas nitrificantes dos solos.

TEMA RECURSOS RADIAÇÃO SOLAR E RECURSOS HÍDRICOS | EXAME 2017 FASE 1






GRUPO I


A variação interanual de elementos climáticos, como a temperatura e a precipitação, condiciona a produção agrícola.

Observe a Figura 1, na qual está representada, para Portugal continental, a posição dos anos 50, 60 e 90 do século XX e dos primeiros dez anos do século XXI, conjugando o desvio da temperatura média anual com a percentagem da precipitação, relativamente às normais climatológicas 1971-2000.





1. De acordo com os dados representados na Figura 1, o período mais frio e húmido foi o dos
(A) anos 90 do século XX. 
(B) anos 50 do século XX. 
(C) anos 60 do século XX. 
(D) primeiros dez anos do século XXI.


2. «De acordo com a Figura 1, podemos afirmar que, em Portugal continental, o clima apresenta uma
tendência de aquecimento». Esta afirmação é

(A) verdadeira, porque, a partir de 1990, na maioria dos anos se registaram valores de temperatura média anual superiores à normal climatológica. 
(B) verdadeira, porque, no período de 1950 a 1969, na maioria dos anos se registaram valores da temperatura média anual superiores à normal climatológica. 
(C) falsa, porque, a partir de 1990, na maioria dos anos se registaram valores de temperatura média anual inferiores à normal climatológica. 
(D) falsa, porque, no período de 1950 a 1969, na maioria dos anos se registaram valores da temperatura média anual inferiores à normal climatológica.


3. Considere as afirmações I, II e III. Identifique as afirmações que, de acordo com a Figura 1, caracterizam o comportamento da temperatura e da precipitação, face às respetivas normais climatológicas.

I. A diferença entre o valor da temperatura média do ano mais frio e o do ano mais quente foi superior a 2,5 ºC. 
II. O desvio percentual da precipitação anual relativamente à normal climatológica é menor nos anos mais húmidos do que nos anos mais secos. 
III. Em 1963 e em 1993, registaram-se valores da precipitação anual próximos do valor da normal climatológica.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.


4. A suscetibilidade dos territórios rurais aos fogos florestais é intensificada no verão quando

(A) a humidade absoluta é elevada e dominam ventos fracos a moderados do quadrante oeste.
(B) a humidade relativa é elevada e dominam ventos fracos a moderados do quadrante leste. 
(C) a humidade absoluta é baixa e dominam ventos moderados a fortes do quadrante oeste. 
(D) a humidade relativa é baixa e dominam ventos moderados a fortes do quadrante leste.


5. A ocorrência de elevados quantitativos de precipitação nos meses de outono/inverno, num curto período de tempo, pode ter efeitos devastadores nas áreas urbanizadas do litoral, junto à secção terminal dos rios, quando
(A) os leitos de cheia se encontram impermeabilizados com estradas e se constroem socalcos nas vertentes a montante. 
(B) as linhas de água estão encanadas sob áreas edificadas e se constroem socalcos nas vertentes a montante. 
(C) coincide com a preia-mar e se verifica uma ocupação do leito de cheia com áreas residenciais. 
(D) coincide com a baixa-mar e se verifica uma ocupação do leito de cheia com áreas residenciais.


6. Nos anos em que a temperatura média anual é muito inferior à normal climatológica e a precipitação anual é superior à normal climatológica, é necessário recorrer a técnicas agrícolas como a
(A) intensificação do uso de sistemas de rega inteligentes. 
(B) utilização de estufas para a produção de hortícolas. 
(C) criação de sistemas de hidroponia nos pomares. 
(D) plantação de leguminosas nitrificantes dos solos.

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CORRECÇÃO DO EXAME NACIONAL DE GEOGRAFIA || 2017 FASE 1






GRUPO I


A variação interanual de elementos climáticos, como a temperatura e a precipitação, condiciona a produção agrícola.

Observe a Figura 1, na qual está representada, para Portugal continental, a posição dos anos 50, 60 e 90 do século XX e dos primeiros dez anos do século XXI, conjugando o desvio da temperatura média anual com a percentagem da precipitação, relativamente às normais climatológicas 1971-2000.





1. De acordo com os dados representados na Figura 1, o período mais frio e húmido foi o dos
(A) anos 90 do século XX. 
(B) anos 50 do século XX. 
(C) anos 60 do século XX. 
(D) primeiros dez anos do século XXI.


2. «De acordo com a Figura 1, podemos afirmar que, em Portugal continental, o clima apresenta uma tendência de aquecimento». Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque, a partir de 1990, na maioria dos anos se registaram valores de temperatura média anual superiores à normal climatológica. 
(B) verdadeira, porque, no período de 1950 a 1969, na maioria dos anos se registaram valores da temperatura média anual superiores à normal climatológica. 
(C) falsa, porque, a partir de 1990, na maioria dos anos se registaram valores de temperatura média anual inferiores à normal climatológica. 
(D) falsa, porque, no período de 1950 a 1969, na maioria dos anos se registaram valores da temperatura média anual inferiores à normal climatológica.


3. Considere as afirmações I, II e III. Identifique as afirmações que, de acordo com a Figura 1, caracterizam o comportamento da temperatura e da precipitação, face às respetivas normais climatológicas.

I. A diferença entre o valor da temperatura média do ano mais frio e o do ano mais quente foi superior a 2,5 ºC. 
II. O desvio percentual da precipitação anual relativamente à normal climatológica é menor nos anos mais húmidos do que nos anos mais secos. 
III. Em 1963 e em 1993, registaram-se valores da precipitação anual próximos do valor da normal climatológica.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.


4. A suscetibilidade dos territórios rurais aos fogos florestais é intensificada no verão quando

(A) a humidade absoluta é elevada e dominam ventos fracos a moderados do quadrante oeste.
(B) a humidade relativa é elevada e dominam ventos fracos a moderados do quadrante leste. 
(C) a humidade absoluta é baixa e dominam ventos moderados a fortes do quadrante oeste. 
(D) a humidade relativa é baixa e dominam ventos moderados a fortes do quadrante leste.


5. A ocorrência de elevados quantitativos de precipitação nos meses de outono/inverno, num curto período de tempo, pode ter efeitos devastadores nas áreas urbanizadas do litoral, junto à secção terminal dos rios, quando
(A) os leitos de cheia se encontram impermeabilizados com estradas e se constroem socalcos nas vertentes a montante. 
(B) as linhas de água estão encanadas sob áreas edificadas e se constroem socalcos nas vertentes a montante. 
(C) coincide com a preia-mar e se verifica uma ocupação do leito de cheia com áreas residenciais. 
(D) coincide com a baixa-mar e se verifica uma ocupação do leito de cheia com áreas residenciais.


6. Nos anos em que a temperatura média anual é muito inferior à normal climatológica e a precipitação anual é superior à normal climatológica, é necessário recorrer a técnicas agrícolas como a
(A) intensificação do uso de sistemas de rega inteligentes. 
(B) utilização de estufas para a produção de hortícolas. 
(C) criação de sistemas de hidroponia nos pomares. 
(D) plantação de leguminosas nitrificantes dos solos.










GRUPO II

A Ericeira, na costa ocidental de Portugal continental, é um destino muito procurado por surfistas, dadas as condições naturais para a prática da modalidade.





1. A fotografia da Figura 2A foi captada
(A) ao fim da tarde. 
(B) de tarde. 
(C) ao meio-dia. 
(D) de manhã.


2. Na paisagem litoral das Figuras 2A e 2B, é possível observar
(A) uma arriba fóssil e uma praia de seixos, com campo dunar. 
(B) uma arriba e uma praia arenosa, sem campo dunar. 
(C) uma arriba e uma praia de seixos, com campo dunar. 
(D) uma arriba fóssil e uma praia arenosa, sem campo dunar.


3. A construção de esporões com orientação este-oeste, na orla costeira ocidental de Portugal continental, tem efeitos na deriva litoral, contribuindo para

(A) uma maior acumulação de areias na área a norte contígua ao esporão. 
(B) um menor efeito da ondulação na área a norte contígua ao esporão. 
(C) uma maior ação de transporte na área a sul contígua ao esporão. 
(D) um menor impacte do upwelling na área a sul contígua ao esporão.


4. O litoral de Portugal continental apresenta algumas características morfológicas como as que constam da coluna I.
Associe as características morfológicas da coluna I aos respetivos significados da coluna II.

(A) (a) – (3); (b) – (5) e (c) – (2). 
(B) (a) – (1); (b) – (3) e (c) – (4). 
(C) (a) – (1); (b) – (4) e (c) – (2). 
(D) (a) – (2); (b) – (4) e (c) – (5).


5. As arribas estão sujeitas a processos erosivos que podem ser intensificados

(A) pelo aumento do nível das águas do mar e pela construção de edifícios no topo. 
(B) pelo galgamento oceânico e pela instalação de estruturas balneares no sopé. 
(C) pelo desmoronamento e queda de blocos e pela poluição das águas balneares. 
(D) pelo avanço da linha da costa e pela invasão de espécies vegetais autóctones.


6. A distinção da vila da Ericeira como «Reserva Mundial do Surf» contribui para aumentar a sua área de influência, porque potencia diretamente

(A) o aumento das rotas aéreas, justificado pela elevada afluência de turistas. 
(B) a opção por funções banais, justificada pela afluência de desportistas no período estival. 
(C) a especialização funcional, através da aposta na fileira dos desportos náuticos. 
(D) o investimento na divulgação do património cultural, através da criação de rotas pedestres.










GRUPO III

A produção de gado é, em Portugal, uma atividade com grande impacte na economia e no ambiente.





1. De acordo com os dados da Figura 3, as regiões onde, para qualquer espécie, se produz menos de 7% do respetivo total nacional de efetivos animais são
(A) Algarve, Lisboa e R.A. Madeira. 
(B) R.A. Açores, Algarve e Centro. 
(C) R.A. Açores, Lisboa e Norte. 
(D) Centro, Norte e R.A. Madeira.


2. De acordo com a Figura 3, tendo em conta a produção animal em cada região, verifica-se uma maior importância relativa da produção de bovinos na região _______ e uma menor importância relativa da produção _______ na região Norte.
(A) do Alentejo … de suínos 
(B) da R.A. Açores … de suínos 
(C) de Lisboa … de caprinos 
(D) da R.A. Madeira … de caprinos


3. Na região do Alentejo, a percentagem de suínos, observada na Figura 3, explica-se, entre outros fatores, pela
(A) modernização dos meios de produção, com custos reduzidos de mão de obra especializada. 
(B) valorização dos sistemas de produção intensivos, devido à baixa cotação do preço da carne nos mercados. 
(C) aposta no sistema de produção semi-intensivo de raças autóctones, em equilíbrio com o sistema agropastoril do montado. 
(D) aposta na extensificação da produção, com o recurso à alimentação proporcionada pelo olival.


4. Considere as afirmações I, II e III. Identifique as afirmações que caracterizam as paisagens agrárias em Portugal

I. Os prados e pastagens permanentes ocupam a maior parte da superfície das explorações de dimensão reduzida na região agrária da Beira Litoral. 
II. Na região agrária do Ribatejo e Oeste, a monocultura intensiva de tomate ocupa uma elevada área. 
III. As principais plantações de chá para fins industriais localizam-se na região agrária dos Açores. 
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. 
(C) II é verdadeira; I e III são falsas. 
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.


5. Dois dos objetivos da Política Agrícola Comum, no horizonte 2014-2020, são
(A) baixar os preços dos produtos junto do consumidor e reconverter áreas de pastagens em terras agrícolas. 
(B) reduzir as práticas de produção extensivas e desenvolver ações com impacte na redução das alterações climáticas. 
(C) diversificar as técnicas intensivas de produção agropecuária e apoiar as explorações agrícolas familiares. 
(D) promover a diversificação de produtos da economia rural e preservar o tecido social das áreas com características rurais.


6. O desenvolvimento de uma pecuária que assegure a sustentabilidade ambiental pode ser conseguido através de medidas como
(A) a canalização dos efluentes para a rede pública de saneamento básico, reduzindo-se o consumo de energia nas ETAR. 
(B) o aproveitamento dos resíduos sólidos para o fabrico de adubos químicos, reduzindo-se o custo dos fatores de produção. 
(C) a canalização dos efluentes decantados para o abastecimento da rede pública de água, reduzindo-se a utilização de água contaminada. 
(D) o aproveitamento dos resíduos sólidos para a produção de biogás, reduzindo-se a contaminação dos aquíferos.










GRUPO IV

A «ilha de calor» consiste num fenómeno que envolve a alteração da temperatura na atmosfera inferior das áreas urbanas.





1. De acordo com as Figuras 4A e 4B, na cidade de Lisboa, durante a noite, registam-se valores da temperatura média

(A) mais baixos nas áreas urbanizadas com elevada concentração de edifícios. 
(B) mais altos nas áreas urbanizadas com fraca concentração de edifícios. 
(C) mais altos nas áreas da frente ribeirinha do Tejo orientada a sul. 
(D) mais baixos nas áreas verdes com fraca densidade de vegetação.


2. A formação de «ilhas de calor», em cidades como a de Lisboa, deve-se, entre outros fatores,
(A) à densificação do tecido urbano e à intensa circulação rodoviária, com efeitos na produção de GEE. 
(B) à construção de edifícios com materiais de fraca condutibilidade térmica e à morfologia urbana, que facilita a circulação do vento. 
(C) à intensa circulação rodoviária com efeitos na produção de GEE e à morfologia urbana, que facilita a circulação do vento. 
(D) à densificação do tecido urbano e à construção de edifícios com materiais de fraca condutibilidade térmica.


3. A localização do aeroporto de Lisboa, observada na Figura 4B, constitui
(A) um risco, porque a proximidade do rio potencia períodos chuvosos que dificultam as manobras de aterragem e de descolagem. 
(B) um risco, porque as principais infraestruturas aeroportuárias estão inseridas na malha urbana da cidade de Lisboa. 
(C) uma vantagem, porque está assegurado o interface com os modos de transporte fluviais, marítimos, rodoviários e ferroviários. 
(D) uma vantagem, porque a orientação das pistas permite aterragens nos sentidos norte-sul e oeste-este.


4. A qualidade de vida urbana nos bairros dos centros históricos das cidades pode ser conseguida através de projetos de regeneração urbana que promovam
(A) a renovação do mobiliário urbano, de modo a criar ambientes de convívio para a população residente. 
(B) a utilização generalizada da calçada portuguesa nas ruas, de modo a facilitar a mobilidade da população idosa. 
(C) a construção de parques urbanos de grande dimensão, de modo a oferecer espaços de lazer aos turistas. 
(D) a criação de novos estacionamentos, de modo a incentivar a utilização do automóvel particular.


5. A formação de nevoeiros em Lisboa, decorrente da proximidade do rio Tejo, contribui para
(A) aumentar a quantidade de radiação solar global que chega à superfície do solo. 
(B) reduzir a quantidade de radiação solar direta que chega à superfície do solo. 
(C) reduzir o efeito de estufa que ocorre na parte superior da troposfera. 
(D) aumentar o efeito de filtro atmosférico que ocorre na parte inferior da estratosfera.


6. O ângulo de incidência dos raios solares nas latitudes médias, onde se localiza o território português,
(A) aumenta desde o equinócio de março até ao equinócio de setembro, com efeitos na diminuição do dia natural. 
(B) diminui desde o solstício de dezembro até ao solstício de junho, com efeitos na diminuição da quantidade de energia recebida. 
(C) diminui desde o equinócio de março até ao equinócio de setembro, com efeitos no aumento do dia natural. 
(D) aumenta desde o solstício de dezembro até ao solstício de junho, com efeitos no aumento da quantidade de energia recebida.










GRUPO V

A territorialização dos fenómenos demográficos evidencia contrastes que são reflexo de opções políticas de desenvolvimento regional.





1. As afirmações seguintes são falsas.


I. O sector secundário ocupa mais de metade do emprego em todos os concelhos que integram a Área Metropolitana do Porto.

II. A terciarização é um fenómeno que caracteriza apenas os concelhos do litoral a norte de Setúbal.

De acordo com a Figura 5, apresente uma razão que justifique a falsidade de cada uma das afirmações.


Tópicos de resposta:
– relativos à afirmação I: 
• em alguns concelhos da AMP, o sector secundário ocupa entre 24,4% e 37,6% do emprego;
OU
• em alguns concelhos da AMP, o sector terciário ocupa mais de 72% do emprego;
OU
• existem concelhos na AMP que têm uma percentagem de emprego no sector secundário inferior a 50%.  
– relativos à afirmação II: 
• a terciarização caracteriza a generalidade do território de Portugal continental;
OU
• a terciarização apresenta valores muito elevados em quase todos os concelhos do Algarve, nos concelhos das capitais de distrito do interior e em alguns concelhos
fronteiriços de Portugal continental;
OU
• salvo algumas exceções, a terciarização é elevada na generalidade dos concelhos do interior de Portugal continental.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta uma razão que justifica a falsidade de cada uma das duas afirmações. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta uma razão que justifica a falsidade de apenas uma afirmação. (5 pontos).







2. Apresente duas características da mão de obra afeta ao sector primário da NUTS III Beiras e Serra da Estrela, assinalada no mapa A da Figura 5.


Tópicos de resposta:
• mão de obra envelhecida;
• mão de obra familiar;
• mão de obra pouco qualificada;
• mão de obra feminina predominante.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta duas características da mão de obra da NUTS III Beiras e Serra da Estrela. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta apenas uma característica da mão de obra da NUTS III Beiras e Serra da Estrela. (5 pontos).







3. Em Portugal, nas últimas três décadas, têm sido desenvolvidas políticas educativas com vista ao aumento da escolarização e da formação profissional da população. Explique em que medida a qualificação dos portugueses contribuiu para

• o aumento da produtividade da mão de obra;
• a dinamização da economia.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.


Tópicos de resposta:
–– contributo da qualificação dos portugueses para o aumento da produtividade da mão de obra: 
• aumento da produção por unidade de tempo;
• aumento da produção por jornada de trabalho;
• utilização de tecnologias que favorecem o aumento da produção por unidade de tempo;
• integração da inovação no processo produtivo, o que possibilita uma maior produção por unidade de tempo;
• maior eficiência da utilização das matérias primas;
• adequação da qualificação profissional, que contribui para a autonomia e para a melhoria do desempenho da mão de obra no processo produtivo.

–– contributo da qualificação dos portugueses para a dinamização da economia: 
• aumento do rendimento disponível e, por consequência, do consumo;
• maior exigência dos consumidores na qualidade de produtos ou de serviços;
• maior exigência dos consumidores na diversidade de bens;
• aumento da exportação de produtos de qualidade;
• aumento da atratividade do país para o capital estrangeiro;
• aumento da capacidade de enfrentar riscos;
• maior facilidade na adoção e na difusão das inovações;
• aumento do empreendorismo;
• melhoria da competitividade das empresas;
• dinamização dos mercados mais exigentes e alargados.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos:
Nível 5: Explica 4 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto (16 pontos).

Nível 4: Explica 4 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos. Ou Explica 3 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto (12 pontos).

Nível 3: Explica 2 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses de modo completo, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico. Ou Explica 3 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos. Ou Explica 4 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 3 ou 4 aspetos (8 pontos).

Nível 2: Explica 2 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 1 ou 2 aspetos. Ou Explica 1 aspeto relativo ao contributo da qualificação dos portugueses de modo completo (4 pontos).

Nível 1: Apenas refere 3 ou 4 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, um ou dois para cada tópico, sem os explicar (2 pontos).

Parâmetro B - Linguagem Científica:
Nível 2: Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).
Nível 1: Apresenta falhas na linguagem científica. (1 pontos).

Parâmetro C - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro e correto, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (2 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem, parcialmente, a sua clareza. (1 pontos).





GRUPO VI

Na Região Autónoma da Madeira (RAM), verificou-se um investimento significativo na rede de infraestruturas de transportes, nas últimas três décadas.




1. Refira quatro características do traçado das vias rodoviárias observadas na Figura 6, duas para a Fotografia A e duas para a Fotografia B, que evidenciem o condicionamento do relevo local.


Tópicos de resposta:
–– relativos à Fotografia A:

• o declive das estradas é acentuado;
• o traçado das vias acompanha a irregularidade do relevo;
• o traçado das vias é muito sinuoso;
• as estradas apresentam taludes de proteção;
• as vias são estreitas.

–– relativos à Fotografia B:

• os viadutos atravessam transversalmente os vales;
• os túneis atravessam as montanhas;
• o traçado das vias é feito a cotas/altitudes diferentes;
• os viadutos têm uma altura elevada para diminuir o declive das vias.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Refere quatro características, duas para cada fotografia. (10 pontos).
Nível 1: Refere duas ou três características (duas características para uma fotografia e uma característica para outra fotografia; uma característica para cada fotografia; duas características apenas para uma fotografia). (5 pontos).







2. Apresente duas consequências para a coesão intrarregional resultantes do investimento realizado na rede viária da ilha da Madeira, ilustrada na Fotografia B da Figura 6.


Tópicos de resposta:
• melhoria das acessibilidades intrarregionais;
• contribuição para a redução das assimetrias socioeconómicas na região;
• melhoria da coesão territorial à escala regional;
• maior rapidez dos circuitos turísticos;
• redução de custos para os agentes económicos;
• melhoria da mobilidade na ilha da Madeira;
• aproximação das populações;
• redução das distâncias relativas (tempo/custo).
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta duas consequências. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta apenas uma consequência. (5 pontos).







3. Nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, o investimento nas redes portuária e aeroportuária é vital para o desenvolvimento. Explique a importância dos transportes marítimos e aéreos

• no combate à insularidade;
• na sustentabilidade do turismo.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.


Tópicos de resposta:
–– importância dos transportes marítimos e aéreos no combate à insularidade: 
• permitem estabelecer ligações diretas entre as regiões autónomas e os restantes territórios (Portugal continental, UE e outros);
• contribuem para a dinamização das empresas locais;
• tornam estas regiões mais atrativas para a fixação de empresas;
• facilitam o acesso aos produtos exógenos;
• contribuem para a diversificação das áreas de mercado;
• reduzem o custo dos produtos dependentes dos transportes;
• melhoram o escoamento dos produtos endógenos.

–– importância dos transportes marítimos e aéreos na sustentabilidade do turismo: 
• permitem reduzir o custo das viagens;
• permitem aumentar a diversificação da origem geográfica dos turistas;
• permitem aumentar o número de ligações entre ilhas;
• aumentam a rapidez das deslocações;
• aumentam a comodidade das deslocações;
• aumentam a diversidade das atividades ligadas ao sector do turismo;
• aumentam a acessibilidade às regiões autónomas enquanto destinos turísticos.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos:
Nível 5: Explica 4 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto. (16 pontos).

Nível 4: Explica 4 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos.
Ou
Explica 3 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto. (12 pontos).

Nível 3: Explica 2 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos de modo completo, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico.
Ou
Explica 3 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos.
Ou
Explica 4 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 3 ou 4 aspetos. (8 pontos).

Nível 2: Explica 2 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 1 ou 2 aspetos.
Ou
Explica 1 aspeto relativo à importância dos transportes marítimos e aéreos de modo completo. (4 pontos).

Nível 1: Apenas refere 3 ou 4 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, um ou dois para cada tópico, sem os explicar. (2 pontos).

Parâmetro B - Linguagem Científica:
Nível 2: Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).
Nível 1: Apresenta falhas na linguagem científica. (1 pontos).

Parâmetro C - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro e correto, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (2 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem, parcialmente, a sua clareza. (1 pontos).













FIM


Nota - Nos Exames de Geografia de 2017 as Versões 1 e 2 de cada prova foram usadas em simultâneo e diferenciavam-se apenas pela alteração da ordenação das alíneas de resposta nas questões de escolha múltipla.