CORRECÇÃO DO EXAME NACIONAL DE GEOGRAFIA || 2017 FASE 1






GRUPO I


A variação interanual de elementos climáticos, como a temperatura e a precipitação, condiciona a produção agrícola.

Observe a Figura 1, na qual está representada, para Portugal continental, a posição dos anos 50, 60 e 90 do século XX e dos primeiros dez anos do século XXI, conjugando o desvio da temperatura média anual com a percentagem da precipitação, relativamente às normais climatológicas 1971-2000.





1. De acordo com os dados representados na Figura 1, o período mais frio e húmido foi o dos
(A) anos 90 do século XX. 
(B) anos 50 do século XX. 
(C) anos 60 do século XX. 
(D) primeiros dez anos do século XXI.


2. «De acordo com a Figura 1, podemos afirmar que, em Portugal continental, o clima apresenta uma tendência de aquecimento». Esta afirmação é
(A) verdadeira, porque, a partir de 1990, na maioria dos anos se registaram valores de temperatura média anual superiores à normal climatológica. 
(B) verdadeira, porque, no período de 1950 a 1969, na maioria dos anos se registaram valores da temperatura média anual superiores à normal climatológica. 
(C) falsa, porque, a partir de 1990, na maioria dos anos se registaram valores de temperatura média anual inferiores à normal climatológica. 
(D) falsa, porque, no período de 1950 a 1969, na maioria dos anos se registaram valores da temperatura média anual inferiores à normal climatológica.


3. Considere as afirmações I, II e III. Identifique as afirmações que, de acordo com a Figura 1, caracterizam o comportamento da temperatura e da precipitação, face às respetivas normais climatológicas.

I. A diferença entre o valor da temperatura média do ano mais frio e o do ano mais quente foi superior a 2,5 ºC. 
II. O desvio percentual da precipitação anual relativamente à normal climatológica é menor nos anos mais húmidos do que nos anos mais secos. 
III. Em 1963 e em 1993, registaram-se valores da precipitação anual próximos do valor da normal climatológica.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.


4. A suscetibilidade dos territórios rurais aos fogos florestais é intensificada no verão quando

(A) a humidade absoluta é elevada e dominam ventos fracos a moderados do quadrante oeste.
(B) a humidade relativa é elevada e dominam ventos fracos a moderados do quadrante leste. 
(C) a humidade absoluta é baixa e dominam ventos moderados a fortes do quadrante oeste. 
(D) a humidade relativa é baixa e dominam ventos moderados a fortes do quadrante leste.


5. A ocorrência de elevados quantitativos de precipitação nos meses de outono/inverno, num curto período de tempo, pode ter efeitos devastadores nas áreas urbanizadas do litoral, junto à secção terminal dos rios, quando
(A) os leitos de cheia se encontram impermeabilizados com estradas e se constroem socalcos nas vertentes a montante. 
(B) as linhas de água estão encanadas sob áreas edificadas e se constroem socalcos nas vertentes a montante. 
(C) coincide com a preia-mar e se verifica uma ocupação do leito de cheia com áreas residenciais. 
(D) coincide com a baixa-mar e se verifica uma ocupação do leito de cheia com áreas residenciais.


6. Nos anos em que a temperatura média anual é muito inferior à normal climatológica e a precipitação anual é superior à normal climatológica, é necessário recorrer a técnicas agrícolas como a
(A) intensificação do uso de sistemas de rega inteligentes. 
(B) utilização de estufas para a produção de hortícolas. 
(C) criação de sistemas de hidroponia nos pomares. 
(D) plantação de leguminosas nitrificantes dos solos.










GRUPO II

A Ericeira, na costa ocidental de Portugal continental, é um destino muito procurado por surfistas, dadas as condições naturais para a prática da modalidade.





1. A fotografia da Figura 2A foi captada
(A) ao fim da tarde. 
(B) de tarde. 
(C) ao meio-dia. 
(D) de manhã.


2. Na paisagem litoral das Figuras 2A e 2B, é possível observar
(A) uma arriba fóssil e uma praia de seixos, com campo dunar. 
(B) uma arriba e uma praia arenosa, sem campo dunar. 
(C) uma arriba e uma praia de seixos, com campo dunar. 
(D) uma arriba fóssil e uma praia arenosa, sem campo dunar.


3. A construção de esporões com orientação este-oeste, na orla costeira ocidental de Portugal continental, tem efeitos na deriva litoral, contribuindo para

(A) uma maior acumulação de areias na área a norte contígua ao esporão. 
(B) um menor efeito da ondulação na área a norte contígua ao esporão. 
(C) uma maior ação de transporte na área a sul contígua ao esporão. 
(D) um menor impacte do upwelling na área a sul contígua ao esporão.


4. O litoral de Portugal continental apresenta algumas características morfológicas como as que constam da coluna I.
Associe as características morfológicas da coluna I aos respetivos significados da coluna II.

(A) (a) – (3); (b) – (5) e (c) – (2). 
(B) (a) – (1); (b) – (3) e (c) – (4). 
(C) (a) – (1); (b) – (4) e (c) – (2). 
(D) (a) – (2); (b) – (4) e (c) – (5).


5. As arribas estão sujeitas a processos erosivos que podem ser intensificados

(A) pelo aumento do nível das águas do mar e pela construção de edifícios no topo. 
(B) pelo galgamento oceânico e pela instalação de estruturas balneares no sopé. 
(C) pelo desmoronamento e queda de blocos e pela poluição das águas balneares. 
(D) pelo avanço da linha da costa e pela invasão de espécies vegetais autóctones.


6. A distinção da vila da Ericeira como «Reserva Mundial do Surf» contribui para aumentar a sua área de influência, porque potencia diretamente

(A) o aumento das rotas aéreas, justificado pela elevada afluência de turistas. 
(B) a opção por funções banais, justificada pela afluência de desportistas no período estival. 
(C) a especialização funcional, através da aposta na fileira dos desportos náuticos. 
(D) o investimento na divulgação do património cultural, através da criação de rotas pedestres.










GRUPO III

A produção de gado é, em Portugal, uma atividade com grande impacte na economia e no ambiente.





1. De acordo com os dados da Figura 3, as regiões onde, para qualquer espécie, se produz menos de 7% do respetivo total nacional de efetivos animais são
(A) Algarve, Lisboa e R.A. Madeira. 
(B) R.A. Açores, Algarve e Centro. 
(C) R.A. Açores, Lisboa e Norte. 
(D) Centro, Norte e R.A. Madeira.


2. De acordo com a Figura 3, tendo em conta a produção animal em cada região, verifica-se uma maior importância relativa da produção de bovinos na região _______ e uma menor importância relativa da produção _______ na região Norte.
(A) do Alentejo … de suínos 
(B) da R.A. Açores … de suínos 
(C) de Lisboa … de caprinos 
(D) da R.A. Madeira … de caprinos


3. Na região do Alentejo, a percentagem de suínos, observada na Figura 3, explica-se, entre outros fatores, pela
(A) modernização dos meios de produção, com custos reduzidos de mão de obra especializada. 
(B) valorização dos sistemas de produção intensivos, devido à baixa cotação do preço da carne nos mercados. 
(C) aposta no sistema de produção semi-intensivo de raças autóctones, em equilíbrio com o sistema agropastoril do montado. 
(D) aposta na extensificação da produção, com o recurso à alimentação proporcionada pelo olival.


4. Considere as afirmações I, II e III. Identifique as afirmações que caracterizam as paisagens agrárias em Portugal

I. Os prados e pastagens permanentes ocupam a maior parte da superfície das explorações de dimensão reduzida na região agrária da Beira Litoral. 
II. Na região agrária do Ribatejo e Oeste, a monocultura intensiva de tomate ocupa uma elevada área. 
III. As principais plantações de chá para fins industriais localizam-se na região agrária dos Açores. 
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. 
(C) II é verdadeira; I e III são falsas. 
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.


5. Dois dos objetivos da Política Agrícola Comum, no horizonte 2014-2020, são
(A) baixar os preços dos produtos junto do consumidor e reconverter áreas de pastagens em terras agrícolas. 
(B) reduzir as práticas de produção extensivas e desenvolver ações com impacte na redução das alterações climáticas. 
(C) diversificar as técnicas intensivas de produção agropecuária e apoiar as explorações agrícolas familiares. 
(D) promover a diversificação de produtos da economia rural e preservar o tecido social das áreas com características rurais.


6. O desenvolvimento de uma pecuária que assegure a sustentabilidade ambiental pode ser conseguido através de medidas como
(A) a canalização dos efluentes para a rede pública de saneamento básico, reduzindo-se o consumo de energia nas ETAR. 
(B) o aproveitamento dos resíduos sólidos para o fabrico de adubos químicos, reduzindo-se o custo dos fatores de produção. 
(C) a canalização dos efluentes decantados para o abastecimento da rede pública de água, reduzindo-se a utilização de água contaminada. 
(D) o aproveitamento dos resíduos sólidos para a produção de biogás, reduzindo-se a contaminação dos aquíferos.










GRUPO IV

A «ilha de calor» consiste num fenómeno que envolve a alteração da temperatura na atmosfera inferior das áreas urbanas.





1. De acordo com as Figuras 4A e 4B, na cidade de Lisboa, durante a noite, registam-se valores da temperatura média

(A) mais baixos nas áreas urbanizadas com elevada concentração de edifícios. 
(B) mais altos nas áreas urbanizadas com fraca concentração de edifícios. 
(C) mais altos nas áreas da frente ribeirinha do Tejo orientada a sul. 
(D) mais baixos nas áreas verdes com fraca densidade de vegetação.


2. A formação de «ilhas de calor», em cidades como a de Lisboa, deve-se, entre outros fatores,
(A) à densificação do tecido urbano e à intensa circulação rodoviária, com efeitos na produção de GEE. 
(B) à construção de edifícios com materiais de fraca condutibilidade térmica e à morfologia urbana, que facilita a circulação do vento. 
(C) à intensa circulação rodoviária com efeitos na produção de GEE e à morfologia urbana, que facilita a circulação do vento. 
(D) à densificação do tecido urbano e à construção de edifícios com materiais de fraca condutibilidade térmica.


3. A localização do aeroporto de Lisboa, observada na Figura 4B, constitui
(A) um risco, porque a proximidade do rio potencia períodos chuvosos que dificultam as manobras de aterragem e de descolagem. 
(B) um risco, porque as principais infraestruturas aeroportuárias estão inseridas na malha urbana da cidade de Lisboa. 
(C) uma vantagem, porque está assegurado o interface com os modos de transporte fluviais, marítimos, rodoviários e ferroviários. 
(D) uma vantagem, porque a orientação das pistas permite aterragens nos sentidos norte-sul e oeste-este.


4. A qualidade de vida urbana nos bairros dos centros históricos das cidades pode ser conseguida através de projetos de regeneração urbana que promovam
(A) a renovação do mobiliário urbano, de modo a criar ambientes de convívio para a população residente. 
(B) a utilização generalizada da calçada portuguesa nas ruas, de modo a facilitar a mobilidade da população idosa. 
(C) a construção de parques urbanos de grande dimensão, de modo a oferecer espaços de lazer aos turistas. 
(D) a criação de novos estacionamentos, de modo a incentivar a utilização do automóvel particular.


5. A formação de nevoeiros em Lisboa, decorrente da proximidade do rio Tejo, contribui para
(A) aumentar a quantidade de radiação solar global que chega à superfície do solo. 
(B) reduzir a quantidade de radiação solar direta que chega à superfície do solo. 
(C) reduzir o efeito de estufa que ocorre na parte superior da troposfera. 
(D) aumentar o efeito de filtro atmosférico que ocorre na parte inferior da estratosfera.


6. O ângulo de incidência dos raios solares nas latitudes médias, onde se localiza o território português,
(A) aumenta desde o equinócio de março até ao equinócio de setembro, com efeitos na diminuição do dia natural. 
(B) diminui desde o solstício de dezembro até ao solstício de junho, com efeitos na diminuição da quantidade de energia recebida. 
(C) diminui desde o equinócio de março até ao equinócio de setembro, com efeitos no aumento do dia natural. 
(D) aumenta desde o solstício de dezembro até ao solstício de junho, com efeitos no aumento da quantidade de energia recebida.










GRUPO V

A territorialização dos fenómenos demográficos evidencia contrastes que são reflexo de opções políticas de desenvolvimento regional.





1. As afirmações seguintes são falsas.


I. O sector secundário ocupa mais de metade do emprego em todos os concelhos que integram a Área Metropolitana do Porto.

II. A terciarização é um fenómeno que caracteriza apenas os concelhos do litoral a norte de Setúbal.

De acordo com a Figura 5, apresente uma razão que justifique a falsidade de cada uma das afirmações.


Tópicos de resposta:
– relativos à afirmação I: 
• em alguns concelhos da AMP, o sector secundário ocupa entre 24,4% e 37,6% do emprego;
OU
• em alguns concelhos da AMP, o sector terciário ocupa mais de 72% do emprego;
OU
• existem concelhos na AMP que têm uma percentagem de emprego no sector secundário inferior a 50%.  
– relativos à afirmação II: 
• a terciarização caracteriza a generalidade do território de Portugal continental;
OU
• a terciarização apresenta valores muito elevados em quase todos os concelhos do Algarve, nos concelhos das capitais de distrito do interior e em alguns concelhos
fronteiriços de Portugal continental;
OU
• salvo algumas exceções, a terciarização é elevada na generalidade dos concelhos do interior de Portugal continental.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta uma razão que justifica a falsidade de cada uma das duas afirmações. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta uma razão que justifica a falsidade de apenas uma afirmação. (5 pontos).







2. Apresente duas características da mão de obra afeta ao sector primário da NUTS III Beiras e Serra da Estrela, assinalada no mapa A da Figura 5.


Tópicos de resposta:
• mão de obra envelhecida;
• mão de obra familiar;
• mão de obra pouco qualificada;
• mão de obra feminina predominante.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta duas características da mão de obra da NUTS III Beiras e Serra da Estrela. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta apenas uma característica da mão de obra da NUTS III Beiras e Serra da Estrela. (5 pontos).







3. Em Portugal, nas últimas três décadas, têm sido desenvolvidas políticas educativas com vista ao aumento da escolarização e da formação profissional da população. Explique em que medida a qualificação dos portugueses contribuiu para

• o aumento da produtividade da mão de obra;
• a dinamização da economia.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.


Tópicos de resposta:
–– contributo da qualificação dos portugueses para o aumento da produtividade da mão de obra: 
• aumento da produção por unidade de tempo;
• aumento da produção por jornada de trabalho;
• utilização de tecnologias que favorecem o aumento da produção por unidade de tempo;
• integração da inovação no processo produtivo, o que possibilita uma maior produção por unidade de tempo;
• maior eficiência da utilização das matérias primas;
• adequação da qualificação profissional, que contribui para a autonomia e para a melhoria do desempenho da mão de obra no processo produtivo.

–– contributo da qualificação dos portugueses para a dinamização da economia: 
• aumento do rendimento disponível e, por consequência, do consumo;
• maior exigência dos consumidores na qualidade de produtos ou de serviços;
• maior exigência dos consumidores na diversidade de bens;
• aumento da exportação de produtos de qualidade;
• aumento da atratividade do país para o capital estrangeiro;
• aumento da capacidade de enfrentar riscos;
• maior facilidade na adoção e na difusão das inovações;
• aumento do empreendorismo;
• melhoria da competitividade das empresas;
• dinamização dos mercados mais exigentes e alargados.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos:
Nível 5: Explica 4 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto (16 pontos).

Nível 4: Explica 4 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos. Ou Explica 3 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto (12 pontos).

Nível 3: Explica 2 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses de modo completo, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico. Ou Explica 3 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos. Ou Explica 4 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 3 ou 4 aspetos (8 pontos).

Nível 2: Explica 2 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 1 ou 2 aspetos. Ou Explica 1 aspeto relativo ao contributo da qualificação dos portugueses de modo completo (4 pontos).

Nível 1: Apenas refere 3 ou 4 aspetos relativos ao contributo da qualificação dos portugueses, um ou dois para cada tópico, sem os explicar (2 pontos).

Parâmetro B - Linguagem Científica:
Nível 2: Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).
Nível 1: Apresenta falhas na linguagem científica. (1 pontos).

Parâmetro C - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro e correto, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (2 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem, parcialmente, a sua clareza. (1 pontos).





GRUPO VI

Na Região Autónoma da Madeira (RAM), verificou-se um investimento significativo na rede de infraestruturas de transportes, nas últimas três décadas.




1. Refira quatro características do traçado das vias rodoviárias observadas na Figura 6, duas para a Fotografia A e duas para a Fotografia B, que evidenciem o condicionamento do relevo local.


Tópicos de resposta:
–– relativos à Fotografia A:

• o declive das estradas é acentuado;
• o traçado das vias acompanha a irregularidade do relevo;
• o traçado das vias é muito sinuoso;
• as estradas apresentam taludes de proteção;
• as vias são estreitas.

–– relativos à Fotografia B:

• os viadutos atravessam transversalmente os vales;
• os túneis atravessam as montanhas;
• o traçado das vias é feito a cotas/altitudes diferentes;
• os viadutos têm uma altura elevada para diminuir o declive das vias.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Refere quatro características, duas para cada fotografia. (10 pontos).
Nível 1: Refere duas ou três características (duas características para uma fotografia e uma característica para outra fotografia; uma característica para cada fotografia; duas características apenas para uma fotografia). (5 pontos).







2. Apresente duas consequências para a coesão intrarregional resultantes do investimento realizado na rede viária da ilha da Madeira, ilustrada na Fotografia B da Figura 6.


Tópicos de resposta:
• melhoria das acessibilidades intrarregionais;
• contribuição para a redução das assimetrias socioeconómicas na região;
• melhoria da coesão territorial à escala regional;
• maior rapidez dos circuitos turísticos;
• redução de custos para os agentes económicos;
• melhoria da mobilidade na ilha da Madeira;
• aproximação das populações;
• redução das distâncias relativas (tempo/custo).
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta duas consequências. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta apenas uma consequência. (5 pontos).







3. Nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, o investimento nas redes portuária e aeroportuária é vital para o desenvolvimento. Explique a importância dos transportes marítimos e aéreos

• no combate à insularidade;
• na sustentabilidade do turismo.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.


Tópicos de resposta:
–– importância dos transportes marítimos e aéreos no combate à insularidade: 
• permitem estabelecer ligações diretas entre as regiões autónomas e os restantes territórios (Portugal continental, UE e outros);
• contribuem para a dinamização das empresas locais;
• tornam estas regiões mais atrativas para a fixação de empresas;
• facilitam o acesso aos produtos exógenos;
• contribuem para a diversificação das áreas de mercado;
• reduzem o custo dos produtos dependentes dos transportes;
• melhoram o escoamento dos produtos endógenos.

–– importância dos transportes marítimos e aéreos na sustentabilidade do turismo: 
• permitem reduzir o custo das viagens;
• permitem aumentar a diversificação da origem geográfica dos turistas;
• permitem aumentar o número de ligações entre ilhas;
• aumentam a rapidez das deslocações;
• aumentam a comodidade das deslocações;
• aumentam a diversidade das atividades ligadas ao sector do turismo;
• aumentam a acessibilidade às regiões autónomas enquanto destinos turísticos.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos:
Nível 5: Explica 4 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto. (16 pontos).

Nível 4: Explica 4 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos.
Ou
Explica 3 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto. (12 pontos).

Nível 3: Explica 2 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos de modo completo, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico.
Ou
Explica 3 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos.
Ou
Explica 4 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 3 ou 4 aspetos. (8 pontos).

Nível 2: Explica 2 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 1 ou 2 aspetos.
Ou
Explica 1 aspeto relativo à importância dos transportes marítimos e aéreos de modo completo. (4 pontos).

Nível 1: Apenas refere 3 ou 4 aspetos relativos à importância dos transportes marítimos e aéreos, um ou dois para cada tópico, sem os explicar. (2 pontos).

Parâmetro B - Linguagem Científica:
Nível 2: Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).
Nível 1: Apresenta falhas na linguagem científica. (1 pontos).

Parâmetro C - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro e correto, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (2 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem, parcialmente, a sua clareza. (1 pontos).













FIM


Nota - Nos Exames de Geografia de 2017 as Versões 1 e 2 de cada prova foram usadas em simultâneo e diferenciavam-se apenas pela alteração da ordenação das alíneas de resposta nas questões de escolha múltipla.