Alugam casas por semanas, simulam divórcios, pedem à avó que fique como encarregada de educação. São várias as manobras a que os pais recorrem para matricular os filhos numa escola que não a da respectiva área de residência. In Público
Quem consegue praticar estas «invenções» consegue, a maior das vezes, livrar-se do fim do mundo.
É uma questão social. Obviamente, os filhos das classes trabalhadoras estão condenados a ficar nos fim-de-mundo educativos, porque não conseguem «escolher» o local da sua residência e, portanto, não conseguem fugir aos mecanismos de violência e facilitismo que os rodeiam.
É uma questão de cidadania. Porque é inexplicável a proibição de uma opção individual e livre, coisa que implica acesso a informação credível sobre as escolas (nota: já repararam que a maior parte dos moodles escolares estão fechados a sete chaves e os seus sites nada informam...)
1 comentário:
Muitas vezes estas mentiras "inocentes" começam por ser utilizadas para garantir a entrada da criança numa determinada escola e acabam por levar a mentira mais além. Há anos que sou testemunha de situações em que é dada a morada da avó, e depois, como que para manter a farsa, é solicitado o apoio da Acção Social Escolar, dizendo que a criança faz parte do agregado familiar da avó. Existem infelizmente demasiados casos em que isto acontece. E os que realmente necessitam da vaga na escola que é ao virar da esquina, ou que não têm dinheiro para comprar os livros, que se desenrasquem. É a meu ver o pior defeito do nosso povo: "Primeiro eu, e os outros que se lixem..."
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