Os indicadores demográficos das NUTS III de Portugal continental evidenciam diferenças espaciais e temporais na distribuição da população.
1. Na NUTS III da Península de Setúbal, as diferenças nos valores da taxa de crescimento efetivo, entre 2001 e 2013, de acordo com a Tabela 1, devem-se, entre outras razões,
(A) à redução da taxa de crescimento natural e à redução da taxa de crescimento migratório.
(B) ao aumento da taxa de crescimento natural e ao aumento da taxa de crescimento migratório.
(C) à redução da taxa de crescimento natural e ao aumento da taxa de crescimento migratório.
(D) ao aumento da taxa de crescimento natural e à redução da taxa de crescimento migratório.
2. Na NUTS III da Serra da Estrela, caso se mantenha a tendência de evolução dos indicadores demográficos da Tabela 1, verificar-se-ão consequências sociodemográficas como, por exemplo,
(A) o aumento do despovoamento e a redução da população ativa.
(B) o envelhecimento demográfico e o aumento da qualificação da população.
(C) o rejuvenescimento da população e a redução da população ativa.
(D) o aumento do êxodo rural e o aumento da qualificação da população.
3. De acordo com a Tabela 1 e com a Figura 1, as NUTS III que apresentam uma diferença do valor da taxa de crescimento migratório superior a dez pontos por mil, entre 2001 e 2013, estão identificadas pelas letras
(A) C, F, H e J.
(B) G, H, I e L.
(C) A, C, F e I.
(D) A, G, J e L.
4. A evolução dos indicadores demográficos relativos às NUTS III do interior de Portugal continental sugere que se adotem medidas como, por exemplo,
(A) a aposta no turismo em espaço rural (TER) e a abertura de centros comerciais.
(B) a construção de novas autoestradas e a abertura de centros culturais multiusos.
(C) a captação de investimentos exógenos e a atribuição de benefícios fiscais a casais jovens.
(D) a oferta de diferentes especialidades de pediatria e a valorização dos recursos endógenos.
5. A elaboração de projeções demográficas permite
(A) corrigir as assimetrias regionais na distribuição da população portuguesa.
(B) fundamentar as decisões relativas ao tipo de políticas demográficas a adotar.
(C) inverter, a curto prazo, as tendências demográficas do país.
(D) prever a dimensão dos fluxos migratórios para as próximas décadas.
6. O Programa Operacional Potencial Humano (POPH), inscrito no Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) 2007-2013, teve como principal objetivo a
(A) inclusão social dos grupos mais vulneráveis, de modo a aumentar a população ativa.
(B) aprendizagem ao longo da vida, de modo a impedir o desemprego de curta duração.
(C) modernização tecnológica das empresas, no sentido de fixar as empresas intensivas em mão de obra.
(D) qualificação da mão de obra, no sentido de superar o défice estrutural do país no quadro da UE.
GRUPO II
Portugal tem vindo a investir na instalação de aerogeradores destinados a transformar a energia eólica em energia elétrica.
1. De acordo com a Figura 2, os parques eólicos com potência inferior a 25 MW predominam em serras como as
(A) de Montejunto e de Montemuro.
(B) de Marvão e de Montesinho.
(C) de Marvão e de Montejunto.
(D) de Montemuro e de Montesinho.
2. A distribuição espacial dos parques eólicos, observada na Figura 2, deve-se, entre outros fatores,
(A) ao forte gradiente barométrico e à forte intensidade dos ventos de oeste.
(B) ao fraco gradiente barométrico e à altitude.
(C) à heterogeneidade orográfica do território e à forte intensidade dos ventos de leste.
(D) à heterogeneidade orográfica do território e à altitude.
3. Na região a norte do Tejo, uma das condições naturais favoráveis à produção de energia hídrica é
(A) a fraca variação interanual da precipitação, que assegura uma produção constante de energia.
(B) a grande frequência das perturbações frontais ao longo do ano, que garante o abastecimento mensal das albufeiras.
(C) a intensa precipitação anual, que garante os elevados valores dos caudais dos rios.
(D) a existência de muitos rios com desníveis bruscos ao longo do seu perfil longitudinal, que acentua a ação erosiva.
4. Os recursos minerais do subsolo do território nacional que podem ser valorizados, do ponto de vista económico, classificam-se em
(A) metálicos, como o volfrâmio e o cobre, e não metálicos, como o quartzo e o caulino.
(B) metálicos, como o volfrâmio e o feldspato, e não metálicos, como o sal-gema e o caulino.
(C) metálicos, como o estanho e o cobre, e não metálicos, como o quartzo e o lítio.
(D) metálicos, como o estanho e o feldspato, e não metálicos, como o sal-gema e o lítio.
5. Os principais fornecedores do gás natural consumido em Portugal são
(A) a Nigéria, por gasoduto, e a Rússia, por metaneiro.
(B) a Argélia, por gasoduto, e a Nigéria, por metaneiro.
(C) a Venezuela, por gasoduto, e a Argélia, por metaneiro.
(D) a Rússia, por gasoduto, e a Venezuela, por metaneiro.
6. O investimento de Portugal nas energias renováveis contribui
(A) para o incremento da exportação de produtos industriais e para o aumento dos níveis de azoto.
(B) para o equilíbrio da balança comercial e para o aumento da produção de clorofluorcarbonetos (CFC).
(C) para a redução do défice da balança comercial e para a diminuição da produção de hidrogénio.
(D) para a autossuficiência energética e para a redução da emissão de gases com efeito de estufa.
GRUPO III
A organização das áreas urbanas reflete dinâmicas internas e externas, de carácter cultural, histórico e socioeconómico.
1. A variação da renda locativa no interior de uma cidade depende, de acordo com a Figura 3,
(A) da acessibilidade ao CBD e da localização das grandes superfícies comerciais.
(B) da distância ao CBD e do tipo de ocupação do solo urbano.
(C) da mobilidade urbana no CBD e da conectividade da rede viária.
(D) da gentrificação do CBD e da densidade da rede de transportes públicos.
2. Nas áreas identificadas pelas letras A e B, na Figura 3, localizam-se, respetivamente, funções como
(A) pequenas indústrias e ateliers de alta costura.
(B) embaixadas e comércio de luxo.
(C) sedes de empresas financeiras e habitações unifamiliares.
(D) hipermercados e habitações de luxo.
3. O processo de expansão urbana que consiste na ocupação descontínua das áreas rurais próximas dos aglomerados urbanos designa-se
(A) periurbanização.
(B) suburbanização.
(C) desurbanização.
(D) reurbanização.
4. A formação de áreas metropolitanas, como a de Lisboa, resulta da ação de fatores como
(A) o repovoamento da «cidade mãe» e o reforço das atividades económicas.
(B) a emigração e o aparecimento de novas formas de comércio e de serviços.
(C) a degradação do centro das cidades e o aumento da insegurança.
(D) o êxodo rural e o desenvolvimento das redes de transportes.
5. O investimento no repovoamento do centro das cidades é sustentável, porque
(A) aumenta a disponibilidade de espaços verdes destinados ao lazer.
(B) diminui os custos relacionados com os movimentos pendulares.
(C) diminui o sentimento de segurança dos cidadãos.
(D) aumenta a disponibilidade do solo para a construção.
6. Nos países que apresentam sistemas urbanos policêntricos,
(A) a capital concentra, além da função administrativa, as principais funções sociais e económicas.
(B) as principais cidades localizam-se na área de influência da capital.
(C) a capital divide com outras cidades as funções urbanas de nível hierárquico mais elevado.
(D) as principais cidades concentram-se nas áreas fronteiriças.
GRUPO IV
Os portos de Leixões e de Lisboa têm registado, na última década, flutuações no movimento de passageiros de cruzeiros turísticos.
1. De acordo com a Figura 4, o crescimento mais acentuado do número de passageiros nos portos de Leixões e de Lisboa registou-se, respetivamente,
(A) entre 2007 e 2008 e entre 2002 e 2003.
(B) entre 2011 e 2012 e entre 2007 e 2008.
(C) entre 2011 e 2012 e entre 2012 e 2013.
(D) entre 2005 e 2006 e entre 2010 e 2011.
2. Na proximidade dos portos identificados na Figura 4, os principais produtos turísticos que podem ser articulados com o turismo de cruzeiros são
(A) o enoturismo e a pesca desportiva.
(B) o património cultural e a gastronomia local.
(C) o artesanato e os congressos internacionais.
(D) o golfe e as excursões religiosas.
3. A aposta nos cruzeiros intercontinentais constitui um fator de desenvolvimento da Região Autónoma dos Açores, na medida em que contribui para
(A) dinamizar a economia regional do arquipélago.
(B) fortalecer a oferta hoteleira do arquipélago.
(C) potenciar um interface entre a Europa e a Ásia.
(D) assegurar uma plataforma logística no Atlântico.
4. Um interface como o porto de Lisboa corresponde a
(A) um terminal de passageiros e de mercadorias, onde a conexão com o modo de transporte aéreo é direta.
(B) uma estação, onde se inicia o percurso, sem mudar de modo de transporte, nem fazer conexões entre diferentes linhas do mesmo modo.
(C) uma plataforma logística, onde, no mesmo local, se estabelecem conexões entre todos os modos de transporte.
(D) um nó, onde se inicia ou termina o percurso, se muda de modo de transporte ou se fazem conexões entre diferentes linhas do mesmo modo.
5. Em Portugal, a importância que o transporte rodoviário adquiriu em relação ao transporte marítimo na exportação de mercadorias para a Europa, no período que se seguiu a 1986, está associada
(A) ao desenvolvimento da indústria eletrónica e à possibilidade de transporte porta a porta.
(B) ao crescimento de empresas de transporte de mercadorias e ao decréscimo do preço dos combustíveis.
(C) à intensificação das trocas comerciais com os países europeus e à melhoria das ligações rodoviárias no espaço europeu.
(D) à melhoria da rede rodoviária fundamental e ao elevado consumo de bens produzidos noutros países europeus.
6. O porto de Sines apresenta relevância estratégica porque
(A) está localizado na confluência das principais rotas marítimas internacionais e é um porto de águas profundas.
(B) tem infraestruturas adequadas ao trânsito internacional de passageiros e é um porto de águas profundas.
(C) integra a maior plataforma multimodal e logística da Península Ibérica e é o único terminal petrolífero nacional.
(D) está articulado com um sistema rodoferroviário de grande capacidade e é o único terminal petrolífero nacional.
GRUPO V
1. Refira duas características naturais que justificam a localização dos portos assinalados, na Figura 5, com as letras A e B.
2. Apresente duas medidas que contribuam para reduzir o risco de erosão no troço do litoral da Costa da Caparica identificado, na Figura 5, com a letra C e ilustrado pelas Fotografias 1 e 2.
3. Explique em que medida os Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) podem promover a sustentabilidade da costa portuguesa, tendo em consideração os seguintes tópicos de orientação:
• conservação da biodiversidade na faixa marítima de proteção;
• valorização económica da zona terrestre de proteção.Apresente dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.
GRUPO VI
A UNESCO atribui a classificação de Património Mundial da Humanidade com o objetivo de preservar os bens patrimoniais dotados de valor universal excecional.
1. Identifique duas características comuns aos sistemas de cultura ilustrados nas paisagens agrárias das
Fotografias A e B da Figura 6.
2. Apresente duas medidas que contribuam para a preservação de paisagens culturais como as ilustradas
na Figura 6.
3. Explique de que forma a Política Agrícola Comum (PAC) contribui para a valorização das áreas rurais,
tendo em consideração os seguintes tópicos de orientação:
• dinamização da economia local;
• gestão dos recursos naturais.Apresente dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação
FIM
Nota - Nos Exames de Geografia de 2016 as Versões 1 e 2 de cada prova foram usadas em simultâneo e diferenciavam-se apenas pela alteração da ordenação das alíneas de resposta nas questões de escolha múltipla.
NÍVEIS DE DESEMPENHO
Nota - Na resposta aos itens de resposta extensa, a classificação a atribuir traduz a avaliação dos desempenhos no domínio específico da disciplina e no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa, realizando-se esta última de acordo com os níveis a seguir descritos.