CORRECÇÃO DO EXAME NACIONAL DE GEOGRAFIA || 2017 FASE 2






GRUPO I


O conhecimento das dinâmicas demográicas é essencial para intervir de forma sustentada no território.




1. De acordo com a Figura 1, podemos airmar que se veriicou
(A) um aumento populacional na maioria dos concelhos da região Norte. 
(B) uma redução populacional na maioria dos concelhos que constituem a Área Metropolitana de Lisboa. 
(C) uma redução populacional na maioria dos concelhos do Algarve.
(D) um aumento populacional na maioria dos concelhos onde estão localizadas as sedes de distrito.


2. A taxa de variação da população residente, representada na Figura 1, na maioria dos concelhos do interior de Portugal continental, pode explicar-se
(A) pelos valores negativos quer do saldo fisiológico quer do saldo migratório. 
(B) pelo aumento de movimentos pendulares da população ativa, do campo para a cidade. 
(C) pelo envelhecimento da população, resultante do aumento da esperança de vida aos 65 anos. 
(D) pelo valor negativo do saldo fisiológico e pelo valor positivo valor positivo do saldo.


3. A distribuição espacial dos valores da taxa de variação da população residente, observada na Figura 1, evidencia assimetrias regionais que podem ser atenuadas através de medidas como

(A) o investimento na rede escolar do ensino básico e secundário no interior do país. 
(B) a melhoria da acessibilidade intraurbana nas cidades da região Centro. 
(C) a aposta nos serviços geriátricos nas áreas fronteiriças da região Alentejo.  
(D) o estímulo à fixação de empresas nas cidades médias do interior do país.


4. A fixação no Algarve de cidadãos estrangeiros reformados, com residência permanente, deve-se, entre outros aspetos,
(A) ao ambiente social pacíico e ao relevo aplanado da região. 
(B) à amenidade do clima e ao ambiente social pacíico. 
(C) à amenidade do clima e à eiciência dos serviços administrativos prestados. 
(D) ao relevo aplanado da região e à eiciência dos serviços administrativos prestados.


5. Nos concelhos limítrofes das principais cidades das áreas metropolitanas, ocorreram diversos processos de urbanização, que constam da coluna I.
Selecione a opção que associa corretamente os conceitos da coluna I aos respetivos signiicados da coluna II. 

(A) (a) – (2); (b) – (4) e (c) – (3). 
(B) (a) – (4); (b) – (1) e (c) – (2). 
(C) (a) – (3); (b) – (1) e (c) – (5). 
(D) (a) – (3); (b) – (5) e (c) – (1).


6. O aumento anual do número de turistas nas cidades de Lisboa e do Porto, na última década, explica-se, entre outras razões,

(A) pelo acesso gratuito aos equipamentos culturais. 
(B) pelo baixo valor médio da renda locativa. 
(C) pela grande diversidade de património cultural. 
(D) pela variedade de parques para autocaravanas.










GRUPO II


A construção de barragens na bacia do rio Douro foi implementada, fundamentalmente, nos anos 50 e 60 do século XX, prosseguindo até à atualidade.




1. De acordo com a rede hidrográfica representada na Figura 2, os subafluentes do rio Douro com barragens, existentes ou previstas, são
(A) o Tua e o Beça. 
(B) o Tâmega e o Tuela. 
(C) o Tuela e o Azibo. 
(D) o Coa e o Azibo.


2. Da análise dos valores apresentados na Figura 2, podemos constatar que a cota do nível de pleno armazenamento
(A) aumenta ao longo do peril longitudinal, de jusante para montante, apenas no rio principal.
(B) diminui ao longo do peril longitudinal, de jusante para montante, apenas nos rios tributários. 
(C) aumenta ao longo do peril longitudinal, de montante para jusante, em todos os rios representados na rede hidrográfica. 
(D) diminui ao longo do peril longitudinal, de montante para jusante, em todos os rios representados na rede hidrográfica.


3. Considere as expressões I, II e III. Identiique as expressões que dizem respeito a inalidades das barragens representadas na Figura 2.

I. Assegurar o regadio das vinhas tradicionais destinadas à produção do vinho do Porto. 
II. Produzir energia hidroelétrica, aproveitando o encaixe dos rios e a abundância de escoamento. 
III. Disponibilizar água das barragens do rio Douro para utilização agrícola.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. 
(C) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.


4. As diferenças de precipitação registadas entre o noroeste e o nordeste de Portugal continental explicam-se, entre outras razões, pelo efeito do relevo, que
(A) favorece a redução da humidade relativa das massas de ar que .atingem o interior. 
(B) provoca o aumento da precipitação nas vertentes expostas a leste. 
(C) facilita a progressão do ar seco do interior da Península Ibérica até perto do litoral. 
(D) bloqueia a passagem das perturbações da frente polar para leste.


5. A navegabilidade do rio Douro tem proporcionado o desenvolvimento da região do vale do Douro, na medida em que tem

(A) contribuído para a intensificação da produção do sector vitivinícola, desde o Alto Douro até à foz. 
(B) potencializado o desenvolvimento de atividades relacionadas com o aproveitamento dos recursos endógenos. 
(C) promovido a generalização do transporte fluvial de pessoas e mercadorias, do Alto Douro até à foz. 
(D) facilitado a intermodalidade com o transporte aéreo, fundamental para o aproveitamento dos recursos regionais.


6. O Alto Douro Vinhateiro foi classiicado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade devido
(A) ao tipo de vinho produzido, que resulta da utilização de castas autóctones adaptadas às necessidades do mercado externo. 
(B) ao sistema de cultura, que recorre a métodos tecnologicamente avançados na produção de vinhos com Denominação de Origem Controlada. 
(C) à agricultura tradicional, destinada à subsistência, numa região em que predominam as explorações familiares. 
(D) à paisagem agrária, que relete a adequação dos sistemas agrícolas às condições geomorfológicas e climáticas.










GRUPO III


Em Portugal, a agricultura é uma atividade importante pelo emprego, pela ocupação do solo e pela multifuncionalidade.




1. De acordo com as Figuras 3A e 3B, os países onde predominam NUTS II com uma dimensão média das
explorações agrícolas superior a 50 ha são, entre outros,

(A) a Suécia, a República Checa e a Alemanha. 
(B) a Espanha, a Suécia e a Alemanha. 
(C) a Dinamarca, o Reino Unido e a Espanha. 
(D) a República Checa, o Reino Unido e a Dinamarca.


2. Por comparação com as NUTS II dos países do norte e do centro da União Europeia, a dimensão média
das explorações da maioria das NUTS II de Portugal, observada na Figura 3A, é

(A) maior, o que favorece a produtividade, devido ao reduzido número de horas de trabalho por unidade de produção. 
(B) menor, o que condiciona a produção agrícola, devido às práticas policulturais. 
(C) menor, o que limita o rendimento agrícola, devido ao sistema de produção em estufas. 
(D) maior, o que faz aumentar o lucro dos produtores agrícolas, devido à redução de utilização dos fatores de produção.


3. As reformas na política agrícola da União Europeia posteriores a 2013 introduziram mudanças como

(A) o reconhecimento do papel social do agricultor, concretizado nos subsídios à produção para autoconsumo. 
(B) o sistema de ajudas diretas, assente na dimensão económica das explorações agrícolas. 
(C) a atribuição de ajudas às explorações agrícolas, dependente da conservação dos recursos naturais. 
(D) o apoio à modernização agrícola, baseada na utilização intensiva de sementes geneticamente modiicadas.


4. O desenvolvimento do Turismo em Espaço Rural (TER) introduz novas dinâmicas nas áreas rurais, contribuindo, por exemplo, para
(A) o fomento da requalificação do património natural e edificado. 
(B) o crescimento especializado do sector da indústria agroalimentar. 
(C) o forte investimento no sector agrícola feito por jovens agricultores. 
(D) o aumento da mecanização nas explorações agrícolas.


5. Considere as afirmações I, II e III. Identiique as afirmações que dizem respeito à relação entre os fatores naturais e a atividade agrícola.
I. Em áreas de reduzida precipitação, a construção de socalcos é uma técnica adequada para reduzir perdas de água por escorrência superficial.
II. O aumento da temperatura e o aumento da humidade favorecem o crescimento vegetativo. 
III. Nas regiões portuguesas com precipitações médias mensais acima de 500 mm, é indispensável
recorrer à agricultura de regadio.

(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. 
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. 
(C) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.


6. A Cova da Beira, localizada na região agrária da Beira Interior, está vocacionada para a produção de cereja, uma vez que apresenta condições naturais favoráveis, como solos profundos e um clima caracterizado
(A) pelo inverno frio e pela exposição aos ventos provenientes do Atlântico. 
(B) pelo inverno frio e pela proteção dos ventos provenientes do Atlântico. 
(C) pelo verão ameno e pela proteção dos ventos provenientes do Atlântico. 
(D) pelo verão ameno e pela exposição aos ventos provenientes do Atlântico.










GRUPO IV


O porto de Setúbal dispõe de vários terminais portuários localizados no estuário do Sado.




1. De acordo com a informação da Figura 4, pode inferir-se que o porto de Setúbal está adaptado ao transporte de mercadorias de diferentes tipos, como, por exemplo,
(A) automóveis, por possuir terminais adaptados aos mecanismos de carga e descarga. 
(B) granéis sólidos, porque dispõe de terminais de contentores de dimensões variadas. 
(C) combustíveis fósseis, por nele se localizarem as principais reinarias do país. 
(D) granéis líquidos, porque está ligado à rede internacional de gasodutos.


2. A localização do porto de Setúbal, observada na Figura 4, constitui uma vantagem competitiva, porque
(A) a grande profundidade das águas facilita a execução das manobras de acostagem de navios de elevado calado. 
(B) a interface com o modo rodoviário beneicia a rota marítima dos cruzeiros do mediterrâneo. 
(C) a excelente condição de abrigo facilita os procedimentos de manobra de navios cargueiros. 
(D) a infraestrutura portuária constitui uma porta atlântica integrada nas principais rotas marítimas dos petroleiros.


3. O reconhecimento internacional da Reserva Natural do Estuário do Sado como parte integrante da Rede Natura 2000 deveu-se, principalmente,
(A) à extensa restinga litoral, vocacionada para o turismo ambiental. 
(B) à cultura de extensos arrozais em modo de produção biológica. 
(C) ao seu amplo espelho de água doce, habitat de golfinhos roazes. 
(D) ao valor científico associado à biodiversidade da avifauna.


4. O porto de Setúbal tem implementado o segmento da náutica de recreio, pois
(A) tem condições geográficas favoráveis à navegabilidade ao longo do ano. 
(B) integra as rotas internacionais do segmento do turismo de cruzeiros. 
(C) apresenta um hinterland com projeção nacional, ao atrair embarcações locais. 
(D) dispõe de um interface para contentores com projeção internacional.


5. Os Planos de Ordenamento da Orla Costeira regulamentam a zona terrestre de proteção e a faixa marítima de proteção através

(A) da monitorização dos parâmetros físico-químicos dos efluentes urbanos e agrícolas. 
(B) da fiscalização das áreas emersas e submersas sob a jurisdição portuária da costa. 
(C) da seleção de espécies de bivalves para produção em sistema de aquicultura offshore.
(D) da definição do regime de salvaguarda dos valores naturais, sociais, culturais e económicos.


6. A plataforma logística urbana do Poceirão, localizada no distrito de Setúbal, explica-se, entre outros fatores, pela proximidade
(A) das minas da faixa piritosa do Alentejo. 
(B) da pedreira de mármores da Serra da Arrábida.  
(C) de grandes mercados consumidores. 
(D) dos principais aeroportos nacionais.










GRUPO V


As fontes de energias renováveis têm vindo a assumir uma importância cada vez maior na produção energética nacional, com impacte na sustentabilidade ambiental.




1. As afirmações seguintes são verdadeiras.

I. As fontes de energia fotovoltaica e de energia eólica apresentam padrões de distribuição diferenciados no território nacional. 
II. A localização das fontes de energias renováveis no distrito de Lisboa permite aumentar a autonomia energética em todos os concelhos desse distrito. 
III. Évora e Vila Real são distritos onde se verifica menor diversidade de fontes de energia renovável. 
IV. O aproveitamento das diferentes fontes de energias renováveis na Região Autónoma da Madeira está associado à heterogeneidade do território, do ponto de vista geomorfológico. 
V. A distribuição das fontes de energias renováveis na Região Autónoma dos Açores evidencia a potencialização dos recursos endógenos.
Identifique as duas afirmações cujo conteúdo pode ser comprovado através da análise da Figura 5.


Tópicos de resposta:
• afirmação I;
• afirmação III.
----------
Descritores de desempenho:
Nível 2: Identifica duas afirmações cujo conteúdo pode ser comprovado através da análise da figura 5. (10 pontos).
Nível 1: Identifica apenas uma afirmação cujo conteúdo pode ser comprovado através da análise da
figura 5. (5 pontos).







2. Refira dois fatores, um para a biomassa e outro para a energia geotérmica, que justificam a localização destas fontes de energia, representadas na Figura 5.


Tópicos de resposta:
– Biomassa:
• resíduos agrícolas;
• resíduos florestais.

– Energia geotérmica:
• vulcanismo ativo;
• magma a fraca profundidade;
• hotspot;
• falhas ativas (contacto de placas litosféricas, por divergência);
• áreas com nascentes de água quente naturais.
----------
Descritores de desempenho:
Nível 2: Refere um fator diferente para cada tipo de energia. (10 pontos).
Nível 1: Refere apenas um fator para um tipo de energia. (5 pontos).







3. As fontes de energias renováveis representadas na Figura 5 têm sido desenvolvidas no território de Portugal continental, potencializando os recursos endógenos. Explique a inluência
• do relevo na localização das fontes de energia eólica;
• da latitude na localização das fontes de energia fotovoltaica.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.


Tópicos de resposta:
– a influência do relevo na localização das fontes de energia eólica:
• as áreas com maior altitude das regiões Norte e Centro permitem aproveitar o vento de
altitude mais intenso e constante;
• as linhas de cumeada (topos) das montanhas e serras permitem um melhor aproveitamento
dos ventos (por diminuição do efeito de atrito);
• a exposição das vertentes aos ventos com maior regularidade potencia a produção de
energia;
• a canalização do vento nas regiões mais acidentadas pode aumentar a sua velocidade.

– a influência da latitude na localização das fontes de energia fotovoltaica:
• o ângulo de incidência dos raios solares com a superfície terrestre é maior nas regiões a
sul do Tejo, o que favorece um maior aproveitamento fotovoltaico;
• a maior frequência de situações anticiclónicas a sul do Tejo favorece uma insolação mais
elevada ao longo do ano;
• a menor nebulosidade ocorrida nas regiões a sul do Tejo, causada pela passagem menos
frequente das perturbações da frente polar, favorece o aproveitamento fotovoltaico;
• a radiação solar é maior nas regiões a sul do Tejo, potencializando o aproveitamento
energético.

----------
Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos:
Nível 5: Explica 4 aspetos relativos à influência do relevo e da latitude na localização das fontes de energia, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto. (16 pontos).

Nível 4: Explica 4 aspetos relativos à influência do relevo e da latitude na localização das fontes de energia, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos.
Ou
Explica 3 aspetos relativos à influência do relevo e da latitude, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto. (12 pontos).

Nível 3: Explica 2 aspetos relativos à influência do relevo e da latitude na localização das fontes de energia de modo completo, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico.
Ou
Explica 3 aspetos relativos à influência do relevo e da latitude na localização das fontes de energia, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos.
Ou
Explica 4 aspetos relativos à influência do relevo e da latitude na localização das fontes de energia, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 3 ou 4 aspetos. (8 pontos).

Nível 2: Explica 2 aspetos relativos à influência do relevo e da latitude na localização das fontes de energia, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 1 ou 2 aspetos.
Ou
Explica 1 aspeto relativo à influência do relevo e da latitude na localização das fontes de energia de modo completo. (4 pontos).

Nível 1: Apenas refere 3 ou 4 aspetos relativos à influência do relevo e da latitude na localização das fontes de energia, um ou dois para cada tópico, sem os explicar. (2 pontos).

Parâmetro B - Linguagem Científica:
Nível 2: Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).
Nível 1: Apresenta falhas na linguagem científica. (1 pontos).

Parâmetro C - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro e correto, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (2 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem, parcialmente, a sua clareza. (1 pontos).





GRUPO VI


Em Portugal, a dinamização das cidades médias aigura-se fundamental para o desenvolvimento regional e local.



1. Refira duas características da rede urbana da região Centro, observada na Figura 6.


Tópicos de resposta:
• policentrismo;
• rede urbana hierarquizada;
• rede urbana mais hierarquizada no litoral;
• organização de um eixo urbano bem definido no interior, entre a Guarda e Castelo Branco;
• maior número de cidades junto ao litoral;
• contrastes litoral/interior;
• posição de Coimbra, cidade com maior nível hierárquico do ponto de vista demográfico;
• acessibilidade das cidades do litoral superior às do interior.
----------
Descritores de desempenho:
Nível 2: Refere duas características da rede urbana. (10 pontos).
Nível 1: Refere apenas uma característica da rede urbana. (5 pontos).







2. As afirmações seguintes são falsas.
I. De acordo com a Figura 6, todas as cidades da região Centro com mais de 50 000 habitantes são servidas apenas pela rede fundamental.
II. As áreas atravessadas sobretudo pelas estradas nacionais, observadas na Figura 6, apresentam uma acessibilidade superior à das servidas pela rede fundamental.
Apresente, para cada uma das afirmações, uma razão que justiique a sua falsidade.


Tópicos de resposta:
– relativos à afirmação I:
• as cidades com mais de 50 000 habitantes são servidas por vias que integram a rede fundamental e a rede complementar, bem como por estradas nacionais;
• Coimbra, Aveiro, Leiria e Viseu, por exemplo, são servidas por outras vias de comunicação, para além da rede fundamental

– relativos à afirmação II:
• o traçado da rede fundamental, por ser menos sinuoso do que o traçado da rede de estradas nacionais, contribui para uma maior acessibilidade;
• a velocidade média legal nas estradas nacionais é inferior à velocidade média legal na rede fundamental.
----------
Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta uma razão que justifica a falsidade de cada uma das duas afirmações. (10 pontos).
Nível 1: Apresenta uma razão que justifica a falsidade de apenas uma afirmação. (5 pontos).







3. As cidades médias afirmam-se como pólos fundamentais nos processos de desenvolvimento regional e urbano. Explique o papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional, tendo em consideração:
• a dinamização das áreas rurais contíguas;
• o estabelecimento de relações interurbanas.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos para cada um dos tópicos de orientação.


Tópicos de resposta:
– o papel das cidades médias na dinamização das áreas rurais contíguas:
• a implantação de atividades económicas é geradora de emprego;
• a valorização dos recursos regionais fixa a população;
• a oferta mais diversificada de bens complementa as necessidades das áreas rurais;
• as relações de dependência destas cidades com as áreas rurais envolventes aumentam;
• a promoção e a consolidação dos equipamentos sociais e económicos nas cidades funcionam como âncoras de desenvolvimento.

– o papel das cidades médias no estabelecimento de relações interurbanas:
• a cooperação entre as cidades do eixo urbano interior, como, por exemplo, Castelo Branco, Covilhã e Guarda potencializa os recursos disponíveis;
• a especialização de cada centro urbano, com o apoio de redes de ensino superior, está vocacionada para as necessidades locais;
• a especialização dos centros urbanos, com o apoio da rede do ensino superior, projeta a região a nível nacional e internacional;
• o estabelecimento de parcerias interurbanas aumenta a competitividade das regiões;
• a complementaridade interurbana, decorrente do aproveitamento de recursos e das potencialidades de cada centro urbano, promove o desenvolvimento equilibrado do território.

----------
Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos:
Nível 5: Explica 4 aspetos relativos ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto. (16 pontos).

Nível 4: EExplica 4 aspetos relativos ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos.
Ou
Explica 3 aspetos relativos ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto apenas 1 aspeto. (12 pontos).

Nível 3: Explica 2 aspetos relativos ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional de modo completo, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico.
Ou
Explica 3 aspetos relativos ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional, um ou dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 2 aspetos.
Ou
Explica 4 aspetos relativos ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional, dois para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 3 ou 4 aspetos. (8 pontos).

Nível 2: Explica 2 aspetos relativos ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional, dois para um dos tópicos ou um para cada tópico. Pode explicar de modo incompleto 1 ou 2 aspetos.
Ou
Explica 1 aspeto relativo ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional de modo completo. (4 pontos).

Nível 1: Apenas refere 3 ou 4 aspetos relativos ao papel das cidades médias do interior no desenvolvimento regional, um ou dois para cada tópico, sem os explicar. (2 pontos).

Parâmetro B - Linguagem Científica:
Nível 2: Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).
Nível 1: Apresenta falhas na linguagem científica. (1 pontos).

Parâmetro C - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro e correto, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (2 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem, parcialmente, a sua clareza. (1 pontos).













FIM


Nota - Nos Exames de Geografia de 2017 as Versões 1 e 2 de cada prova foram usadas em simultâneo e diferenciavam-se apenas pela alteração da ordenação das alíneas de resposta nas questões de escolha múltipla.