CORRECÇÃO DO EXAME NACIONAL DE GEOGRAFIA || 2018 FASE 2







1. A Figura 1 representa alguns indicadores demográficos que são importantes para a definição de políticas do território.




1.1. Identifique as letras, assinaladas na Figura 1, que correspondem a anos em que houve renovação de gerações.


Identificação dos itens:
F e G




1.2. As afirmações seguintes são verdadeiras, de acordo com a análise da Figura 1.

I. A partir de 1984, o adiamento do nascimento do primeiro filho contribuiu para a redução do ISF 
II. O fluxo de imigrantes que se verificou na primeira década do século XXI não teve um impacte significativo na variação do ISF. 
III. A dimensão média da família nuclear portuguesa tem vindo a diminuir.

Justifique a veracidade de duas das três afirmações, utilizando a informação da Figura 1 e o conhecimento adquirido sobre a população.


Tópicos de resposta:
I. A partir de 1984, a idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho foi aumentando, dos 24 anos (1984) para os 30 anos (2014). Este facto refletiu-se na redução do número médio de filhos por mulher em idade fértil, com a redução do ISF de 1,8 para 1,25.

II. De 2001 a 2010, verificou-se um aumento do fluxo de imigrantes, geralmente jovens adultos em idade fértil, que não se repercutiu no aumento do ISF nesse período.

III. Em 1960, a família nuclear, em média, tinha uma dimensão superior a 5 membros (3 filhos e os pais). Ao longo do período considerado (de 1960 a 2014), verifica-se uma redução acentuada do ISF, o que significa que a dimensão média da família nuclear se aproxima dos três membros (1 filho e os pais).
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Justifica duas afirmações, mobilizando corretamente a informação da figura e o conhecimento adquirido sobre a população. (8 pontos).
Nível 1: Justifica apenas uma afirmação, mobilizando corretamente a informação da figura e o conhecimento adquirido sobre a população. (4 pontos).






1.3. Considere o seguinte cenário: nos próximos 30 anos, verificar-se-á uma entrada significativa de população imigrante ativa jovem em Portugal, que terá, em média, três filhos por mulher, pouco tempo após a sua chegada. Considere, ainda, que as mulheres portuguesas em idade fértil mantêm o mesmo número médio de filhos.

Identifique a opção que corresponde ao esquema que representa este cenário:






2. Alguns concelhos do interior do país têm registado um envelhecimento demográfico e uma baixa taxa de natalidade, com efeitos no despovoamento.
Em Penamacor, por exemplo, a única escola do primeiro ciclo funciona na sede de concelho. Não há alunos suficientes para o funcionamento de escolas deste nível de ensino noutras freguesias.
Fonte: www.dn.pt (consultado em novembro de 2017) (adaptado).

Um autarca do interior do país pretende combater o despovoamento. Para isso, ponderou implementar, no seu concelho, uma das seguintes estratégias:
A – aumentar a atratividade do concelho para viver e trabalhar;
B – elevar a competitividade empresarial.
Selecione a estratégia, A ou B, que, como autarca, escolheria para combater o despovoamento desse concelho do interior do país.

De acordo com a estratégia selecionada, apresente duas medidas, explicando de que modo contribuem para combater o despovoamento do concelho.


Tópicos de resposta:
–– Estratégia A – Aumentar a atratividade do concelho para viver e trabalhar: 
• atribuição de benefícios fiscais aos casais jovens, incentivando-os a fixarem-se no concelho;
• diminuição do valor do IMI, para tornar o concelho mais atrativo;
• prestação gratuita de serviços de educação e de saúde, de modo a favorecer a poupança das famílias;
• diminuição do valor das rendas para os casais jovens, incentivando-os a fixarem-se no concelho;
• atribuição de subsídios por cada nascimento, de modo a atrair a população jovem;
• atribuição de benefícios fiscais às famílias numerosas, de modo a aumentar a população residente.

–– Estratégia B – Elevar a competitividade empresarial: 
• atração de indústrias, de modo a criar postos de trabalho;
• venda de terrenos a preço simbólico, para incentivar o investimento;
• redução dos custos da água, da energia e dos esgotos, de modo a atrair a indústria, tendo em conta a poupança que tal redução representa para as empresas;
• criação de parques industriais infraestruturados, de modo a fomentar as economias de aglomeração;
• investimento nas infraestruturas de transportes, de modo a aumentar a acessibilidade, facilitando o acesso às matérias-primas e o escoamento dos produtos;
• aproveitamento dos recursos endógenos, de modo a dinamizar a produção agrícola e a sua transformação.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos e Linguagem Científica:
Nível 4: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (8 pontos).

Nível 3: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, uma de forma adequada e outra de forma menos adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Utiliza uma linguagem científica adequada.(6 pontos).

Nível 2: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, uma de forma adequada e outra de forma menos adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Utiliza uma linguagem científica adequada.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (4 pontos).

Nível 1: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para combater o despovoamento do concelho do interior.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).


Parâmetro B - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (4 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem parcialmente a sua clareza. (1 pontos).



Nota – Caso o aluno responda às duas estratégias, só é considerada para efeitos de classificação a primeira estratégia apresentada.

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3. As cidades dinamizam as áreas rurais envolventes, porque
(A) disponibilizam matérias-primas para os estabelecimentos industriais. 
(B) oferecem bens e serviços públicos pouco especializados. 
(C) prestam serviços de apoio à população e às empresas. 
(D) promovem atividades relacionadas com o turismo de massas.


4. Um dos fatores que, na atualidade, explicam a perda de população residente nos centros históricos de cidades portuguesas é
(A) a gentrificação, com efeito no aumento da oferta de edifícios para a população idosa. 
(B) a terciarização, com efeito no aumento de edifícios destinados a primeira habitação. 
(C) a renovação urbana, com efeito na diminuição da oferta hoteleira e do alojamento local. 
(D) a reabilitação urbana, com efeito na reconversão de edifícios para habitação não permanente.


5. Uma cidade, para ter uma área de influência maior do que outra com a mesma dimensão demográfica, pode apostar, por exemplo, na
(A) oferta de serviços de saúde especializados. 
(B) diversificação do comércio de proximidade. 
(C) oferta de transportes públicos intraurbanos. 
(D) criação de novas freguesias urbanas.

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6. Nas Figuras 2A e 2B, está cartografada a percentagem de água no solo disponível para ser utilizada pelas plantas, um importante indicador para a gestão agrícola.




6.1. De acordo com as Figuras 2A e 2B, no lugar R, a diferença entre a percentagem de água no solo em julho de 2014 e a percentagem de água no solo em julho de 2017 foi
(A) inferior a 30 pontos percentuais. 
(B) de 30 a 50 pontos percentuais. 
(C) de 50 a 60 pontos percentuais. 
(D) superior a 60 pontos percentuais.


6.2. Considere as afirmações I, II e III, que se referem à análise das Figuras 2A e 2B. Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e as falsas.
I. Em julho de 2014, na NUTS II Norte, a distribuição dos valores percentuais de água no solo reflete a influência do relevo e do afastamento do mar. 
II. Em julho de 2017, a percentagem de água no solo na NUTS II Alentejo e na NUTS II Algarve justifica-se pela maior impermeabilidade da camada superficial dos solos. 
III. Os valores percentuais de água no solo registados em julho de 2017, relativamente aos registados em julho de 2014, devem-se à utilização frequente da rega na atividade agrícola.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas. 
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. 
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa. 
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.


6.3. A percentagem de água disponível no solo, observada na Figura 2B, deve-se, entre outros fatores, à influência prolongada de
(A) depressões de origem dinâmica localizadas sobre o oceano Atlântico, a leste dos Açores. 
(B) anticiclones de origem térmica localizados sobre a Península Ibérica. 
(C) depressões de origem térmica localizadas sobre a Península Ibérica. 
(D) anticiclones de origem dinâmica localizados sobre o oceano Atlântico, a leste dos Açores.


7. Em Portugal, a ocorrência de longos períodos secos no verão

(A) favorece a evaporação, originando um aumento relativo da poluição das águas superficiais. 
(B) aumenta a evapotranspiração, acelerando o crescimento vegetativo das plantas. 
(C) diminui a infiltração de água no solo, reduzindo o risco de eutrofização nos rios e nas lagoas. 
(D) reduz a escorrência superficial, diminuindo a área disponível das parcelas para pousio.


8. A ocorrência de elevados quantitativos de precipitação contribui para uma melhoria da produtividade dos aquíferos, possibilitando
(A) o arrefecimento das centrais termoelétricas em circuito fechado. 
(B) o armazenamento de água, para controlar a ocorrência de cheias. 
(C) o abastecimento da rede pública, para assegurar o consumo doméstico. 
(D) o tratamento biológico de efluentes de origem industrial e agrícola.


9. A gestão das bacias hidrográficas dos rios ibéricos pressupõe o estabelecimento de acordos entre Portugal e Espanha. Estes acordos visam, entre outros objetivos,

(A) conservar os recursos da Reserva Agrícola Nacional. 
(B) assegurar a quantidade mínima de água necessária à rega. 
(C) preservar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas. 
(D) controlar as perdas de água na rede de distribuição.

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10. A albufeira de Alqueva, ilustrada na Figura 3A, faz parte de um projeto que visa garantir o desenvolvimento da região do Alentejo.

As letras Y e Z correspondem a dois lugares situados na albufeira de Alqueva.





10.1. Na Figura 3A, a distância em linha reta entre os pontos Y e Z é, aproximadamente, 1,5 cm, correspondendo a uma distância real de
(A) 20 km. 
(B) 40 km. 
(C) 30 km. 
(D) 50 km.


10.2. De acordo com a Figura 3B, cerca de 60% da área de influência da albufeira de Alqueva está ocupada com
(A) pastagens permanentes. 
(B) culturas permanentes. 
(C) culturas temporárias. 
(D) hortas familiares.


10.3. O projeto de infraestruturas para o desenvolvimento do Alqueva permitiu a transformação do olival extensivo em intensivo e superintensivo, com consequências no aumento
(A) da fertilidade dos solos. 
(B) da produtividade agrícola. 
(C) da biodiversidade genética. 
(D) da produtividade aquífera.


11. Além da intensificação da agricultura, a albufeira de Alqueva potencializa o desenvolvimento das áreas rurais envolventes, porque

(A) fornece a água necessária ao funcionamento das minas de minerais metálicos. 
(B) constitui uma reserva de água estratégica no combate a incêndios florestais. 
(C) incrementa a criação de espécies piscícolas em aquicultura. 
(D) fomenta o desenvolvimento de atividades turísticas e de lazer.


12. As recentes reformas da Política Agrícola Comum (PAC) têm contribuído para tornar a agricultura portuguesa mais sustentável.

Refira duas medidas da PAC 2014-2020 que promovem práticas agrícolas sustentáveis.



Tópicos de resposta:
• manter prados permanentes;
• diversificar as culturas agrícolas;
• manter superfícies de interesse ecológico (sebes, pousio, culturas fixadoras de azoto);
• promover a coexistência de áreas florestais e de áreas agrícolas;
• preservar os recursos naturais (água, energia, solos);
• incentivar modos de produção biológica e integrada.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Refere duas medidas da PAC 2014-2020. (8 pontos).
Nível 1: Refere apenas uma das medidas da PAC 2014-2020. (4 pontos).





13. No Quadro 1, são apresentados aspetos que caracterizam algumas paisagens agrárias portuguesas e que podem ser observados em algumas das fotografias.

Selecione a opção que associa corretamente cada conjunto de características (1, 2 e 3) do Quadro 1 à respetiva fotografia (a, b, c, d ou e).



(A) 1 – a; 2 – c; 3 – d. 
(B) 1 – c; 2 – e; 3 – a. 
(C) 1 – b; 2 – c; 3 – a. 
(D) 1 – a; 2 – e; 3 – d.

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14. As áreas delimitadas na Figura 4 apresentam um considerável potencial para o desenvolvimento do país.





14.1. Os limites da ZEE no arquipélago dos Açores e no arquipélago da Madeira, que se observam na Figura 4, devem-se ao facto de a ilha da Madeira distar
(A) menos de 400 milhas náuticas da ilha de São Miguel. 
(B) mais de 400 milhas náuticas da ilha de Santa Maria. 
(C) entre 200 e 400 milhas náuticas da ilha de Santa Maria. 
(D) menos de 200 milhas náuticas da ilha de São Miguel.


14.2. Identifique as duas letras, assinaladas na Figura 4, que correspondem às rotas marítimas com troços sob supervisão portuguesa.


Identificação dos itens:
M e S



14.3. Apresente duas vantagens da extensão da plataforma continental portuguesa, proposta à ONU em 2009.


Tópicos de resposta:
• aumentar área de exploração de recursos do solo e do subsolo marinhos;
• aumentar o conhecimento científico sobre o fundo do oceano;
• aumentar a área do solo e do subsolo marinhos sob jurisdição portuguesa;
• aceder, no fundo do oceano, a recursos minerais, biológicos e genéticos destinados à indústria
farmacêutica e tecnológica.
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta duas vantagens da extensão da plataforma continental. (8 pontos).
Nível 1: Apresenta apenas uma vantagem da extensão da plataforma continental. (4 pontos).





15. O litoral a norte do cabo da Roca, nos meses de inverno, apresenta maior potencialidade para o aproveitamento de algumas energias renováveis, como

(A) a solar e a hídrica. 
(B) a eólica e a das ondas. 
(C) a eólica e a hídrica. 
(D) a solar e a das ondas.


16. No âmbito das políticas ambientais da União Europeia, uma das medidas que contribuem para a melhoria da qualidade das águas territoriais de Portugal é
(A) a construção de barragens com albufeira de retenção. 
(B) a edificação de esporões nos portos de pesca. 
(C) a instalação de ETAR para tratamento de efluentes. 
(D) a limitação da aquicultura de bivalves aos estuários.

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17. A rede de transporte de gás natural em Portugal continental, representada na Figura 5, tem uma extensãode 1300 km, aproximadamente, e já existem projetos de investimento com vista à sua ampliação. A rede dispõe de Unidades Autónomas de Gás (UAG) abastecidas por modo rodoviário, de uma caverna para armazenamento de gás e de um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), além dos gasodutos.
Fonte: www.galpgasnaturaldistribuicao.pt (consultado em setembro de 2017) (adaptado).




17.1. Considere as afirmações I, II e III, que se referem à análise da Figura 5 e ao conhecimento adquirido sobre as redes de transporte de energia.

Selecione a opção que identifica corretamente as afirmações verdadeiras e as falsas.
I. A rede de gasodutos está conectada diretamente com o Médio Oriente. 
II. A rede de gasodutos caracteriza-se pela elevada densidade de ligações e por estar distribuída de forma equilibrada no território. 
III. Os nós da rede apresentam fraca conectividade.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. 
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. 
(C) III é verdadeira; I e II são falsas. 
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.



17.2. Portugal recebe gás natural de países como a Argélia, a Nigéria, o Qatar e Trinidad e Tobago. As letras X e V, assinaladas na Figura 5, correspondem a dois pontos de entrada de gás natural em Portugal continental.

Dos países referidos, identifique o principal país fornecedor do gás natural que entra pelo ponto X e o principal país fornecedor de gás natural que entra pelo ponto V.


Identificação dos itens:
X: Nigéria; V: Argélia.



17.3. No Alentejo, a localização das Unidades Autónomas de Gás (UAG), identificadas na Figura 5, deve‑se
(A) à proximidade da rede de gasodutos existente na região. 
(B) à existência de pontos de entrada de gás natural no país. 
(C) à existência de infraestruturas de extração de gás natural do subsolo. 
(D) à proximidade de centros urbanos e de áreas industrializadas.


18. A inserção de Portugal na Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) pode ser potencializada através do desenvolvimento das autoestradas do mar, que visam
(A) intensificar o fluxo de mercadorias com os portos do norte e do sul da Europa, reduzindo o tráfego nos pontos de congestionamento terrestre. 
(B) assegurar o transporte de mercadorias entre o norte e o sul do país, reduzindo as emissões de CO2 por unidade de produto transportado. 
(C) integrar uma rede multimodal à escala mundial, intensificando o comércio com as diferentes regiões asiáticas e americanas. 
(D) promover o transporte intermodal à escala regional, criando condições de abastecimento diário das áreas metropolitanas.

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19. A cidade das Caldas da Rainha pretende afirmar-se como cidade criativa e termal até 2030. O Plano Estratégico de Desenvolvimento para esta cidade estabelece prioridades, sustentadas na potencialização dos recursos endógenos e na reabilitação do património local.
Fonte: www.cmcr.pt (consultado em dezembro de 2017) (adaptado).



19.1. No desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha, é possível apostar em diferentes estratégias, como:
A – o reforço da posição na rede urbana nacional;
B – o aumento da visibilidade internacional.
Selecione a estratégia, A ou B, que, no âmbito do planeamento e ordenamento do território,
considere mais adequada para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.


De acordo com a estratégia selecionada, apresente duas medidas, explicando de que modo
contribuem para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.



Tópicos de resposta:
–– Estratégia A – O reforço da posição na rede urbana nacional: 
• aumento do número de empresas criativas, de modo a expandir a área de influência da cidade das Caldas da Rainha;
• aumento do emprego, de modo a fixar pessoas e a favorecer o aumento demográfico;
• aposta no turismo termal, de modo a desenvolver áreas especializadas do turismo – turismo de saúde e turismo de lazer;
• oferta de cuidados de saúde associados ao termalismo, de modo a promover a hotelaria;
• aposta na gastronomia associada aos produtos agrícolas locais, de modo a desenvolver a indústria agroalimentar;
• fomento da indústria e do artesanato, associados aos recursos do subsolo, como a cerâmica e o vidro, para atrair o turismo e aumentar a exportação;
• aumento do número de funções de nível hierárquico superior, através da aposta na identidade local, de modo a elevar o nível da cidade;
• atração de investidores e de eventos de negócios, de modo a aumentar o rendimento regional;
• fomento da cooperação interurbana, através da rede de serviços comuns, de modo a reduzir custos.

–– Estratégia B – O aumento da visibilidade internacional: 
• criação de plataformas digitais difusoras da informação local com vista a promover a cidade internacionalmente;
• organização de eventos culturais (feiras, concertos, workshops, conferências) com vista a divulgar a cidade no estrangeiro;
• divulgação do património natural, histórico e cultural, de modo a atrair turistas de nível sociocultural mais elevado e com múltiplos interesses;
• desenvolvimento da cooperação interurbana, de modo a projetar a cidade no contexto internacional;
• recurso ao marketing territorial com vista à projeção internacional da cidade;
• integração em redes internacionais, como a rede das cidades criativas da UNESCO, com vista à projeção internacional da cidade.

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Descritores de desempenho:

Parâmetro A - Conteúdos e Linguagem Científica:
Nível 4: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (8 pontos).

Nível 3: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma
adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das
Caldas da Rainha.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, uma de forma adequada e outra de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (6 pontos).

Nível 2: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, uma de forma adequada e outra de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.
Utiliza uma linguagem científica adequada.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (4 pontos).

Nível 1: Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 2 medidas, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.
Apresenta falhas na linguagem científica.
OU
Seleciona a estratégia, A ou B, e apresenta 1 medida, explicando, de forma menos adequada, o seu contributo para o desenvolvimento de cidades como a das Caldas da Rainha.
Utiliza uma linguagem científica adequada. (2 pontos).


Parâmetro B - Comunicação:
Nível 2: O discurso é globalmente claro, podendo apresentar falhas que não comprometem a sua clareza. (4 pontos).
Nível 1: O discurso apresenta falhas que comprometem parcialmente a sua clareza. (1 pontos).



Nota – Caso o aluno responda às duas estratégias, só é considerada para efeitos de classificação a primeira estratégia apresentada.



19.2. A concentração de empresas associadas à fileira da cerâmica potencia economias de aglomeração.

Apresente duas razões pelas quais a concentração de empresas gera economias de aglomeração.



Tópicos de resposta:
• partilha de mão de obra especializada/qualificada;
• benefício conjunto das redes de infraestruturas de transportes e de telecomunicações;
• benefício conjunto de equipamentos coletivos;
• redução dos custos com acesso à informação;
• valorização do turismo industrial;
• atração turística com efeitos multiplicadores em diversos setores;
• apoio às empresas por parte dos centros de inovação e desenvolvimento;
• complementaridade entre empresas na utilização de recursos/matérias-primas;
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Descritores de desempenho:
Nível 2: Apresenta duas razões pelas quais a concentração de empresas gera economias de aglomeração. (8 pontos).
Nível 1: Apresenta apenas uma razão pela qual a concentração de empresas gera economias de aglomeração. (4 pontos).













FIM


Nota - Nos Exames de Geografia de 2017 as Versões 1 e 2 de cada prova foram usadas em simultâneo e diferenciavam-se apenas pela alteração da ordenação das alíneas de resposta nas questões de escolha múltipla.